Brasil, 22 de setembro de 2025
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Deputado pede prisão preventiva de empresário ligado ao Careca do INSS

Relator da CPI do INSS solicita prisão de Rubens Costa em investigação sobre fraudes que envolvem milhões de reais.

O clima na CPI do INSS esquentou nesta segunda-feira (22), quando o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), relator da comissão, pediu a prisão preventiva de Rubens Oliveira Costa. Ele é considerado um suposto sócio de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, e a solicitação foi feita devido ao “risco de fuga do Brasil”. A confusão se intensificou quando Costa se negou a responder a várias perguntas durante o depoimento, o que gerou pedidos adicionais de prisão em flagrante.

A polêmica em torno da CPI do INSS

Durante a sessão, o deputado Gaspar não poupou críticas, afirmando que a prisão preventiva era necessária para evitar que Costa fugisse do país. “Pouco me importa se ele é laranja do Careca. Às vezes derrubando uma laranja podre, conseguimos combater o bicho que está comendo ela por dentro”, disse Gaspar, enquanto pedia ao colegiado que votasse a favor da prisão que seria encaminhada ao INSS.

Rubens Costa, por sua vez, negou veementemente qualquer envolvimento com as fraudes investigadas pela CPI, alegando que apenas foi administrador financeiro em algumas empresas ligadas a Careca. “Jamais fui sócio de qualquer empresa ao lado do senhor Antônio Camilo, nem de qualquer empresa citada nas investigações. Fui contratado como administrador financeiro e nunca recebi dividendos”, afirmou Costa. Entretanto, ele admitiu que recebeu uma pequena gratificação nos últimos meses por conta do aumento na carga de trabalho.

As acusações contra Careca do INSS

O caso gira em torno da suspeita de fraudes bilionárias que envolvem o pagamento irregular de aposentadorias e pensões por meio de um esquema coordenado por Careca e sua rede de colaboradores. Na CPI, foram citadas consultorias que teriam recebido grandes quantias pelo suposto serviço prestado. Costa revelou que Careca teria pago R$ 5 milhões para a Curitiba Consultoria e R$ 1,8 milhão para a Vênus Consultoria, mas afirmou que não tinha informações detalhadas sobre os serviços prestados.

Com relação ao seu depoimento, Costa chegou a se recusar a assinar um termo de compromisso que garantiria a veracidade de suas respostas, o que levantou ainda mais suspeitas sobre sua postura e seus verdadeiros interesses no caso.

Expectativas para os próximos depoimentos

O empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, está agendado para depor na próxima quinta-feira, e o ambiente é de expectativa em torno do que será revelado. Careca foi preso no início do mês em uma operação da Polícia Federal e, embora tenha a opção de permanecer em silêncio, sua presença na CPI é crucial para o avanço das investigações. Os parlamentares têm a intenção de explorar sua suposta influência política e as conexões que ele tinha com gabinetes no Congresso.

Cabe ressaltar que a CPI já aprovou a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Careca, o que poderá trazer mais esclarecimentos sobre sua atuação e as fraudes que vêm sendo investigadas. O clima de tensão e a possibilidade de novas revelações levam a comissão a intensificar seus esforços para garantir que todos os envolvidos colaborem com as investigações.

Os desdobramentos da Operação Sem Desconto

A Operação Sem Desconto, que deu origem às investigações que envolvem Careca e outras figuras ligadas ao INSS, foca em um esquema que pode ter causado perdas bilionárias aos cofres públicos. A CPI já havia requisitado a prisão preventiva de Careca e de seu sócio, Maurício Camisotti, devido ao risco de fuga e indícios de ocultação de patrimônio. O presidente da CPI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), teve que solicitar à Polícia Legislativa a localização dos dois, uma vez que eles não estavam sendo encontrados facilmente.

Com o andamento das investigações e o próximo depoimento de Careca, o Brasil acompanha atentamente o desenrolar desse caso que mexe com as finanças do INSS e pode impactar milhares de aposentados e pensionistas que dependem dos serviços da instituição.

O andamento das investigações e os novos depoimentos prometem trazer à tona informações cruciais sobre o esquema, com implicações que se estendem para além da esfera do INSS e tocam em questões de ética e responsabilidade pública.

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