Brasil, 22 de setembro de 2025
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Denúncia contra Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo não encerra inquérito

A Procuradoria-Geral da República informa que inquérito sobre coação ao STF continua após denúncia contra deputado e jornalista.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou que a denúncia feita nesta segunda-feira (22) contra o deputado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo “não encerra” o inquérito que investiga tentativas de coação ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi indiciado pela Polícia Federal junto com os dois, não está incluído nesta nova acusação.

A continuidade das investigações

Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, a denúncia não impede que novas descobertas investigativas possam surgir. Ele enfatizou que o inquérito continua em andamento e que outras ações podem ser tomadas caso novas evidências venham à tona. “A denúncia não encerra o alcance subjetivo final da persecução penal”, afirmou Branco, indicando que a investigação pode ter desdobramentos importantes no futuro.

O foco da denúncia

A denúncia apresentada pela PGR destaca o suposto planejamento realizado pelos denunciados no exterior. Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo são acusados de terem orquestrado ações nos Estados Unidos com o intuito de pressionar o Brasil e ministros do STF com sanções. O objetivo, segundo o Ministério Público Federal, seria tentar intervir no processo judicial que resultou na condenação de Bolsonaro e de outros réus por tentativa de golpe de Estado.

Medidas cautelares e indiciamento

Em decorrência do inquérito, o ministro Alexandre de Moraes decretou diversas medidas cautelares contra Jair Bolsonaro, que vão desde o uso de tornozeleira eletrônica até a proibição de utilizar redes sociais. Duas semanas após a primeira determinação, o ex-presidente foi colocado sob prisão domiciliar devido a supostas violações das medidas impostas.

Em um relatório emitido pela Polícia Federal em agosto, foram mencionadas mensagens, transferências financeiras e uma entrevista conduzida por um advogado estrangeiro como evidências que ligam Jair Bolsonaro à tentativa de interferir no processo judicial em conluio com seu filho. O indiciamento sugere que a PF encontrou elementos suficientes para considerar as ações dos dois como crime.

Provas e transferências financeiras

Uma das principais evidências apresentadas pela PF contra Jair Bolsonaro diz respeito às transferências financeiras que foram feitas para Eduardo, atualmente residindo nos Estados Unidos. Desde fevereiro, Eduardo tem se reunido com autoridades ligadas ao governo norte-americano, incluindo membros da administração de Donald Trump, na tentativa de obter sanções favoráveis.

A denúncia da PGR e a continuidade das investigações refletem a importância do caso, que vem ganhando atenção nacional e internacional. As articulações de Eduardo e Figueiredo em solo americano podem estar conectadas a uma rede mais ampla de ações que visam influenciar decisões judiciais no Brasil, um aspecto que continuará a ser analisado pelas autoridades competentes.

Assim, enquanto a denúncia contra Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo marca um novo passo nas investigações, o desfecho deste caso ainda é incerto e pode trazer novos desdobramentos à medida que mais informações se tornem disponíveis. A sociedade brasileira acompanha de perto os desdobramentos dessas alegações, que têm implicações significativas na política e na justiça do país.

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