Brasil, 22 de setembro de 2025
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Arthur Lira prevê debate intenso antes de ampliar isenção do IR

Relator do projeto de isenção do Imposto de Renda alerta para complexidade e necessidade de diálogo no Congresso

O deputado federal e ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira que a proposta de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) “traz justiça tributária”, mas exigirá um “debate muito intenso” antes de ser votada. A declaração aconteceu durante o Macro Day 2025, evento do BTG Pactual realizado em São Paulo.

Desafios do debate sobre a ampliação da isenção do IR

Segundo Lira, embora haja consenso no Congresso sobre a necessidade de isentar mais contribuintes, ainda existem divergências quanto aos valores, condições e formas de compensar a perda de arrecadação. “Venho dizendo isso desde o primeiro dia, que haverá um debate muito intenso no plenário sobre a forma, valores e condições da isenção”, destacou o parlamentar. “O governo precisa estar preparado e os partidos responsáveis com as votações”, acrescentou.

Negociações e negociações em andamento

O deputado ressaltou que representantes do setor produtivo acompanham de perto a proposta e continuam solicitando ajustes em pontos que impactam o setor. “Não fechamos as portas, estamos ouvindo a todos”, afirmou Lira. Ele reforçou a importância de que a discussão seja “a mais técnica e harmônica possível” para evitar prejuízos na tramitação do projeto devido a disputas políticas. “O clima não estava fácil para um projeto desse porte”, completou.

Detalhes do projeto de ampliação da faixa de isenção

A proposta, considerada prioridade pelo governo, propõe elevar a faixa de isenção para quem recebe até R$ 5 mil por mês — atualmente limitada a dois salários mínimos (R$ 3.036). Também prevê desconto parcial para rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7.350 e a criação de um imposto mínimo progressivo de até 10% para rendas anuais superiores a R$ 600 mil, como forma de compensar a redução na arrecadação. O texto precisa ser aprovado até 31 de dezembro para entrar em vigor já em 2026.

Próximos passos e expectativa de votação

Mais cedo, no mesmo evento, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a votação do projeto deve ficar para a próxima semana. Ele destacou que o colégio de líderes analisará o relatório de Arthur Lira nos próximos dias para aperfeiçoar o texto antes de levá-lo ao plenário.

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