Brasil, 22 de setembro de 2025
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Alertas de incidentes cibernéticos no primeiro semestre disparam no Brasil

Nos seis primeiros meses, plataformas de segurança emitiram 253 alertas, mais do que o dobro de 2024, reforçando a preocupação do setor

A quantidade de alertas de incidentes cibernéticos emitidos pela plataforma de Compartilhamento de Incidentes Cibernéticos (CIC), da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), atingiu 253 no primeiro semestre deste ano. O número representa mais do que o dobro dos alertas registrados em todo o ano passado, que foram 110, sinalizando um aumento preocupante nas ameaças digitais que podem impactar o mercado segurador brasileiro.

Impacto crescente dos ciberataques e a importância dos seguros

Os alertas referem-se a incidentes reais ocorridos globalmente, que representam riscos potenciais ao setor de seguros nacional. Segundo dados da CNseg, de janeiro a junho, o valor das indenizações relativas a ataques cibernéticos aumentou 5,8%, totalizando R$ 17,2 milhões, contra R$ 16,2 milhões no mesmo período de 2024.

O fenômeno dos ataques digitais atinge empresas de todos os portes e segmentos, impulsionado pela transformação digital acelerada. Mateus Alves, fundador da MAD – Mobile Application Defense, destaca que, entre 2024 e 2025, foram identificados prejuízos superiores a R$ 50 milhões decorrentes de fraudes em seu monitoramento do ecossistema brasileiro. Alves ainda aponta que a exploração de vulnerabilidades em aplicações web e mobile é o ataque mais comum, levando a vazamentos de dados pessoais.

Consequências financeiras e regulatórias

De acordo com a CNseg, o Brasil registrou, no ano passado, cerca de 356 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, mobilizando aproximadamente R$ 17 bilhões em investimentos em segurança digital. Estima-se que os prejuízos totais decorrentes dessas ações ultrapassem R$ 2,3 trilhões, afetando cerca de 40 milhões de brasileiros.

Para especialistas, o investimento em segurança cibernética tornou-se uma estratégia de sobrevivência empresarial. Victor Perego, membro da subcomissão de linhas financeiras da FenSeg, explica que a interrupção das operações é uma das coberturas mais sensíveis em seguros contra ataques digitais. Ele reforça a necessidade de entender o tempo de paralisação suportável antes de perdas irreversíveis, ajudando a definir apólices e períodos de carência.

Seguros e medidas de proteção

A contratação de seguros específicos para incidentes cibernéticos inclui coberturas para custos de defesa, multas e ações judiciais. Segundo Perego, a apólice deve considerar também despesas com investigação e responsabilização regulatória. Além disso, organizações que atuam sob a LGPD estão sujeitas a sanções que podem chegar a 2% do faturamento, limitadas a R$ 50 milhões por infração.

Especialistas alertam que investir em segurança digital não é mais opcional, mas uma questão de sobrevivência e proteção de reputação diante do crescimento do número de ataques e prejuízos, que podem ser devastadores para empresas de todos os tamanhos.

Eventos que geraram alertas

  • Alerta de Vulnerabilidade: 43%
  • Diversos incidentes e fatos de cyber: 17%
  • Campanhas de phishing e fraudes: 16%
  • Atualizações críticas: 15%
  • Regulamentação e política: 7%
  • Notícias de incidentes: 2%

Segundo a CNseg, o aumento no número de alertas indica a necessidade de maior atenção do setor segurador e das empresas em geral para a proteção contra o crescimento das ameaças digitais. Para saber mais, acesse a fonte original.

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