Brasil, 21 de setembro de 2025
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Saída de Sabino do governo gera disputa entre partidos e pressiona Fufuca

A iminente saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo provoca tensões no governo e a possível saída do ministro do Esporte.

A política brasileira é marcada por constantes mudanças e movimentações estratégicas, e a recente iminente saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo não é exceção. Este anúncio, que deverá ser formalizado pelo ministro durante a volta do presidente Lula de uma viagem a Nova York, está gerando uma disputa intensa por sua vaga. Além disso, essa situação também pressiona o ministro do Esporte, André Fufuca, que é associado ao mesmo partido do ministro demissionário.

Consequências da saída de Sabino

Sabino notificou Lula em uma conversa na última sexta-feira sobre sua intenção de desistir do cargo, refletindo o clima tenso que permeia a relação entre o governo e a legenda União Brasil. O partido, que se uniu ao PP, determinou que todos os seus filiados entregassem os cargos no governo em um prazo de 24 horas, sob a ameaça de sanções.

A pressão para que Fufuca também deixe sua posição é crescente, especialmente após a determinação do União Brasil, que pode resultar na saída de vários membros desse grupo governista. Fufuca, que esperava uma permanência prolongada no cargo, se vê agora em uma posição vulnerável.

Possíveis sucessores e suas implicações

O futuro do Ministério do Turismo está cercado de especulações. Se Lula optar por manter Sabino em um papel mais próximo à gestão, uma das possibilidades é a nomeação da secretária-executiva da pasta, Ana Carla Machado Lopes. Por outro lado, o PDT, que atualmente ocupa o Ministério da Previdência, manifestou interesse em assumir mais um ministério, criando assim uma nova dinâmica nas alianças políticas que podem impactar as eleições de 2026.

As conversas para a substituição de Sabino não envolvem apenas questões administrativas, mas também estratégias para a próxima campanha presidencial. O governador do Pará, Helder Barbalho, do MDB, está em busca de garantir que um representante de seu estado ocupe a pasta, especialmente com a proximidade da COP30, que será realizada em Belém.

A disputa política interna

Dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), existe uma pressão para que o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, assuma a pasta do Turismo. Contudo, sua intenção de se candidatar a deputado em 2026 pode complicar essa possibilidade, uma vez que ele teria que deixar o cargo em abril devido à legislação eleitoral.

As movimentações para o desmantelamento de Sabino também estão ligadas a uma percepção de retrocesso dentro do Partido Progressista (PP), que esperava a continuidade de Fufuca em seu cargo. O descontentamento crescente no governo é visível, especialmente após seu suplente na Câmara, Allan Garcês, ter votado a favor de um requerimento que contraria as orientações do Palácio do Planalto.

Essa situação gerou um desconforto significativo, refletindo a fragilidade das alianças formadas nas últimas eleições. Fufuca, por sua vez, tenta distanciar-se das ações de seu suplente, mas a pressão decorrente da saída de Sabino intensifica a expectativa sobre sua permanência no cargo.

Impacto na relação com o União Brasil

A saída de Sabino, em particular, levantou questões sobre a relação entre o governo e o União Brasil. Antônio Rueda, o presidente nacional da legenda, tomou a decisão de desembarcar do governo em resposta a denúncias que colocaram em dúvida a integridade do partido. Apesar de suas apurações, o governo busca manter um diálogo aberto e construtivo com líderes como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, já que a estabilidade política atual depende em grande parte dessa relação.

Com a tramitação da PEC da Blindagem enfrentando desafios no Senado e uma maioria já se formando contra a proposta, o governo pode se ver em um momento decisivo nas próximas semanas. As movimentações no União Brasil, particularmente a insatisfação com a liderança do partido, podem influenciar a dinâmica política e as alianças nos próximos meses, especialmente com a proximidade das eleições e as expectativas que surgem em torno delas.

As tensões políticas dentro do governo, a estratégia dos partidos e as repercussões da saída de Sabino ainda estão em desenvolvimento e, certamente, moldarão o futuro das decisões políticas no Brasil.

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