Brasil, 21 de setembro de 2025
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Leão XIV clama pela paz e solidariedade em meio à crise em Gaza

O Papa apela à paz e compaixão com o povo palestino em Gaza, ressaltando a necessidade urgente de ações humanitárias.

No contexto de uma das crises humanitárias mais desafiadoras da atualidade, o Papa Leão XIV fez um apelo contundente à paz e à solidariedade durante a Missa que precedeu o Angelus, ressaltando que “não há futuro baseado na violência, no exílio forçado, na vingança”. Sua mensagem foi clara: “os povos têm necessidade de paz; quem os ama verdadeiramente trabalha pela paz”. Este discurso foi dado em meio a uma situação alarmante na Faixa de Gaza, onde milhões estão enfrentando dificuldades extremas.

A realidade da Faixa de Gaza

Atualmente, mais de 450.000 pessoas fugiram da Cidade de Gaza, com 90% da população sendo forçada a deixar suas casas ao longo de mais de 23 meses de conflito. Essa migração em massa tem sido caracterizada por um ciclo contínuo de deslocamento, onde muitos já mudaram de lar várias vezes. Entre os que permanecem, muitos são idosos, pessoas com deficiência e famílias que não têm como se deslocar. A crise humanitária na região se agrava a cada dia, com a fome se espalhando e a infraestrutura sendo devastada por bombardeios.

Condições de vida inaceitáveis

Os poucos hospitais que ainda operam em Gaza enfrentam a falta de medicamentos, equipamentos e profissionais de saúde. “Estamos caminhando para o desconhecido. Nenhum de nós sabe realmente para onde ir”, relatou Faris Swafiri à Agência Associated Press, refletindo a incerteza e o desespero que permeiam a vida dos cidadãos de Gaza.

A situação dos refugiados também é alarmante. Autoridades israelenses mencionaram a criação de uma zona humanitária ao sul de Khan Younis, com aproximadamente 42 quilômetros quadrados para acomodar os que fogem. No entanto, especialistas da Médicos Sem Fronteiras (MSF) apontam que este espaço é insuficiente: “Eles esperam que talvez mais de 2 milhões de pessoas sejam abrigadas em 42 quilômetros quadrados – uma área comparável ao tamanho de Manhattan, que já abriga cerca de 1,6 milhão de habitantes”, ressaltou Jacob Granger, coordenador de emergência de MSF em Gaza.

A posição da comunidade internacional

Em meio a este cenário caótico, um grupo de pelo menos doze países, liderado pela França e pelo Reino Unido, está se preparando para formalizar o reconhecimento do Estado da Palestina, atualmente reconhecido por 147 países. Este reconhecimento é um passo significativo, especialmente considerando que os Estados Unidos vetaram a adesão plena da Palestina às Nações Unidas em 2024. A Assembleia Geral da ONU está prevista para discutir este assunto nesta próxima segunda-feira.

A importância da solidariedade

Leão XIV destacou a importância da solidariedade com os habitantes da Faixa de Gaza, ao reconhecer as várias iniciativas de associações católicas que atuam em apoio ao povo palestino. O Papa enfatizou que devemos nos comprometer com atos que promovam a paz, ao invés de ficarmos indiferentes diante da violência que assola a região. “Caríssimos, aprecio a vossa iniciativa e as muitas outras que em toda a Igreja expressam proximidade aos nossos irmãos e irmãs que sofrem naquela martirizada terra”, afirmou o Pontífice.

A mensagem de Leão XIV ressoa em um momento em que a comunidade global se depara com a necessidade de unir esforços para trazer alívio aos que mais sofrem, reforçando a premissa de que a paz é um objetivo que exige não apenas palavras, mas também ações concretas. A crise em Gaza serve como um doloroso lembrete de que, diante do sufrágio humano, a luta pelo respeito aos direitos humanos e a busca pela paz deve ser contínua e urgente.

Como a situação em Gaza continua a se desenvolver, as palavras do Papa e as ações da comunidade internacional se tornam cada vez mais cruciais para garantir que todos os aqueles afetados pelo conflito possam ter um futuro digno e repleto de esperança.

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