No último domingo (21/9), diversas cidades brasileiras foram palco de manifestações contra a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se manifestou sobre o ocorrido em sua conta na rede social X, destacando o evento em São Paulo e acompanhando suas declarações com críticas diretas.
Reações políticas nas redes sociais
Após os protestos, Ferreira compartilhou um vídeo registrando as manifestações e declarou: “Nem com Rouanet vingou”, aludindo à capacidade da manifestação em mobilizar apoio popular. Esta declaração ecoou entre outros membros do Partido Liberal e simpatizantes, com muitos considerando as manifestações como uma tentativa infrutífera da esquerda de engajar os cidadãos.
Nem com Rouanet vingou. pic.twitter.com/WSsOPV0Rsr
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) 21 de setembro de 2025
Além de Nikolas, outros políticos de destaque, como o pastor Silas Malafaia, também registraram suas opiniões sobre as manifestações. Malafaia acusou a esquerda de ser “cretina” e afirmou que está utilizando artistas para alavancar o público nas ruas. Para ele, a participação de figuras conhecidas seria uma forma de manipular a opinião pública, dizendo que a esquerda “engana o povo”.
Críticas direcionadas e caricaturas
O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) também se uniu ao coro de críticas, republicando imagens que mostravam os atos em Brasília. Gayer foi enfático ao dizer que a esquerda “está sempre passando vergonha”, reforçando a ideia de que as manifestações não têm sustentação popular. Sua mensagem reforçou o sentimento de alguns setores da direita sobre a fragilidade das alegações da oposição.
Por sua vez, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara, fez uma postagem polêmica onde atacou diretamente o cantor Caetano Veloso, insinuando que ele estaria “contra a anistia” e em favor da censura. Cavalcante utilizou uma caricatura do artista acompanhada da frase: “Uma imagem vale mais do que mil palavras! Esse é o comunista hipócrita, que gosta de ganhar milhões…”
Contexto das manifestações
As manifestações de domingo foram convocadas especificamente contra a anistia aos envolvidos nos tumultos de 8 de janeiro, um tema que continua a dividir opiniões. A PEC da blindagem, aprovada recentemente pela Câmara dos Deputados, tem gerado reações impetuosas entre os críticos, que afirmam que as medidas favorecem a impunidade. Em Brasília, capitais como Natal, Salvador, Belém e Manaus também registraram protestos, demonstrando a amplitude do descontentamento.
Os atos tiveram início pela manhã e se estenderam pelo Brasil afora ao longo do dia, com destaque para grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, onde grupos se organizaram para se manifestar à tarde. Esses eventos não apenas unem cidadãos com ideais divergentes, mas também evidenciam a polarização política presente no país, que continua a se intensificar conforme novas propostas são discutidas nas esferas governamentais.
À medida que o debate sobre a anistia e outras reformas políticas avança, é possível que novas mobilizações ocorram. As reações nas redes sociais, tanto por parte de apoiadores quanto opositores, refletem essa tensão crescente, e o cenário promete se manter agitado.
Essa dinâmica de apoio e resistência evidenciada nas ruas e nas redes sociais mostra como a política brasileira está longe de um consenso, e como questões delicadas continuam a ser um ponto de discórdia entre diferentes segmentos da sociedade.
Com a situação em contínua evolução, é crucial que tanto o público quanto os políticos estejam atentos às narrativas que emergem, pois estas definirão não apenas o futuro político do Brasil, mas também a forma como a população se engajará em suas democracias.
