Brasil, 20 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Tarifas de Trump freiam pedidos de produtos para a Copa do Mundo

Incertezas sobre tarifas dos EUA atrasam pedidos de artigos esportivos na China, afetando negócios relacionados à Copa do Mundo de 2026.

Na fábrica Yiwu Wells Knitting Products, localizada no leste da China, operários finalizam acessórios esportivos relacionados à Copa do Mundo de 2026, mas os pedidos estão abaixo do previsto. Nove meses antes do torneio que será realizado nos Estados Unidos, México e Canadá, a incerteza quanto às tarifas americanas tem atrasado a produção de cachecóis, bandeiras e outros itens temáticos.

Tarifas dos EUA dificultam vendas de produtos para a Copa

Segundo Shang Yabing, diretor da fábrica, os pedidos importantes ainda não se concretizaram devido às dúvidas sobre as tarifas que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pode aplicar aos produtos chineses. “Estamos nesse setor há mais de 10 anos e costumávamos ter uma grande quantidade de encomendas na época da Copa. Este ano, recebemos somente pedidos menores, com os principais ainda em espera”, afirma Shang.

Impacto da guerra comercial entre China e EUA

As tensões comerciais entre Pequim e Washington, que culminaram na prorrogação de uma trégua até novembro, agravaram a hesitação dos clientes ao fazer novos pedidos. O mercado de Yiwu, conhecido por sua vasta oferta de artigos em atacado — de bolas de futebol a miniaturas de chuteiras — registra movimento reduzido, reflexo do clima de insegurança. O dólar em R$5,30, menor nível em 15 meses, também influencia a expectativa do setor.

De acordo com Daisy Dai, vendedora de bolas de futebol estampadas, a procura caiu significativamente em comparação com às últimas Copas. “Antes, tínhamos um fluxo intenso de pedidos em massa, mas neste ano, os clientes estão hesitando por causa das tarifas”, explica.

Perspectivas futuras e mercado em mudança

As empresas chinesas, como a Yiwu Wells, ainda esperam a confirmação de pedidos por parte dos clientes internacionais. Zhu Yanjuan, que vende bandeiras e produtos relacionados à Copa, comenta que o volume de exportação diminuiu, mas mantém o otimismo de que a situação irá melhorar aos poucos. “São produtos de segunda necessidade, mas acredito que a demanda se recuperará com o tempo”, afirma.

O contexto econômico também influencia a dinâmica do mercado: a China e os EUA estenderam a trégua comercial até novembro, adiando tarifas recíprocas que poderiam elevar os custos dos produtos.

Mais informações sobre o impacto da guerra comercial na produção chinesa para eventos esportivos podem ser acessadas em esta matéria.

Seja como for, o setor permanece atento às negociações e às possíveis mudanças nas tarifas que possam impulsionar a retomada dos pedidos antes do início do Mundial.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes