Durante a visita de Donald Trump ao Reino Unido, uma emissora local lançou uma campanha de sátira repleta de tom humorístico e agressivo similar ao estilo do ex-presidente americano. A programação incluía uma transmissão intitulada “100 mentiras”, que prometia apresentar uma lista de afirmações falsas atribuídas ao político, com um forte pano de fundo de desinformação proposital.
Campanha de zombaria com estilo Trumpian
Para divulgar o programa, a emissora usou uma linguagem carregada de conotações partidárias e exageradas. Uma chamada dizia: “SOBREVIVAMOS A UMA FESTA DE MAIS DE 100 ‘MENTIRAS’ DO SEU PRESIDENTE FAVORITO, DONALD J. TRUMP. ESTA É FALSA NOTÍCIA DA MSM E UM ATAQUE AO SEU PRESIDENTE (DONALD J. TRUMP)! NÃO ASSISTA ÀS 22H!”.
O tom foi copiado de uma linguagem de redes sociais e discursos do próprio Trump, com acusações de “fake news” e apelos para não assistir ao episódio, que foi exibido às 22h (horário local do Reino Unido). A narrativa reforçava a ideia de que a programação refletia uma tentativa de desinformar e atacar Donald Trump, usando expressões como “FALSA NOTÍCIA” e “ATAQUE AO PRESIDENTE”.
Resposta de Gavin Newsom e repercussões
Surpreendentemente, a campanha chamou a atenção do governador da Califórnia, Gavin Newsom, cuja assessoria respondeu sarcasticamente: “POR QUE A EMISSORA CHANNEL 4 ESTÁ ME COPIANDO, GAVIN C. NEWSOM??? EU SOU O LÍDER DO MUNDO LIVRE! PAREM E DESISTAM!!! — GCN”.
O episódio gerou comentários nas redes sociais e foi considerado uma das ações mais criativas e irônicas da televisão britânica na cobertura de uma figura pública polarizadora como Trump.
Repercussão e impacto na mídia
A sátira foi amplamente compartilhada e discutida, demonstrando o nível de polarização e o humor ácido que caracteriza a cobertura do ex-presidente ao redor do mundo. A estratégia de zombar de Trump, usando seu próprio estilo comunicacional, reforçou o efeito viral do episódio.
Especialistas avaliam que essa abordagem mostra a capacidade da mídia de utilizar o humor e a sátira como ferramentas de crítica política, especialmente diante de figuras controversas. “Essa campanha reforça o papel do humor como forma de resistência e comentário social”, afirma Rodrigo Bastos, analista político.
O episódio mostra como o estilo Trumpian de comunicação entrou na cultura pop internacional, influenciando até mesmo a forma de satirizar a política na mídia tradicional.