Brasil, 20 de setembro de 2025
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Rússia planeja ataque contra a Polônia antes do Natal

Recentemente, um alto oficial militar russo revelou que Moscovo está se preparando para um ataque de “zona cinza” na Polônia antes do Natal. Este movimento inusitado lançou um alerta e iniciou discussões urgentes entre o Reino Unido e os EUA sobre o risco de um ataque negável, que tem como objetivo abalar a OTAN.

A tensão crescente entre Rússia e OTAN

A divulgação das informações aconteceu durante a feira de armas DSEI em Londres, onde representantes britânicos e americanos expressaram preocupação com a nova tática da Rússia, que envolve ataques deliberados em suas fronteiras para testar a resistência da aliança militar. Um dos incidentes mais recentes foi quando três caças MiG-31, capazes de portar mísseis hipersônicos, penetraram no espaço aéreo da Estônia, sendo interceptados após 12 minutos de sobrevoo sobre o Golfo da Finlândia.

A primeira-ministra estoniana, Kristen Michal, descreveu o episódio como “incrivelmente audacioso”, enquanto o ex-presidente Donald Trump alertou que isso poderia causar “grandes problemas”. A Secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Yvette Cooper, declarou: “O Reino Unido está ao lado de nossos aliados estonianos, diante de mais uma incursão irresponsável da Rússia no espaço aéreo da OTAN”.

Polônia sob ameaça direta

Embora a região norte da OTAN tenha sido repetidamente testada pela Rússia, a advertência de um general desertor indica que a Polônia pode enfrentar um tipo de agressão maior e mais direta. De acordo com fontes de inteligência, um oficial russo de um estrela, presumedido ser um Major General, revelou que o Kremlin está planejando um ataque não nuclear em território polonês. Este ataque, embora limitado, tem por finalidade testar a resposta da OTAN e provocar instabilidade política na Europa.

Este alerta foi compartilhado com os EUA e está sendo avaliado por altos oficiais transatlânticos. Um assessor do Reino Unido enfatizou que qualquer resposta da OTAN provavelmente permaneceria convencional e se alinharía com os modelos de dissuasão da Guerra Fria, como os exercícios Wintex do Ministério da Defesa (MoD).

Incursões aéreas e resposta da OTAN

Na semana passada, a Rússia enviou 19 drones para o espaço aéreo polonês, uma violação considerada pelos oficiais britânicos como a mais séria das incursões até agora. A Romênia também foi alvo, com uma das aeronaves cruzando por 10 km em seu território. Em resposta a essas ameaças, o Reino Unido anunciou que os jatos Typhoon da Força Aérea Real irão iniciar missões de defesa aérea sobre a Polônia como parte da operação Eastern Sentry da OTAN.

Operando a partir da RAF Coningsby e apoiados por tanques Voyager da Brize Norton, esses jatos se juntarão a forças da França, Alemanha, Dinamarca e Suécia que estão patrulhando a frente oriental. Um porta-voz do governo britânico alertou: “Isso reflete uma nova era de ameaça que exige uma nova era de defesa”.

Preocupações com a desinformação russa

Conforme a OTAN se adapta a estas novas tensões, novas campanhas de desinformação estão sendo lançadas pela Rússia, especialmente direcionadas a países como a Finlândia, que recentemente se tornou membro da aliança. O Instituto para o Estudo da Guerra advertiu que o Kremlin lançou uma campanha “coordenada” que ecoa a retórica utilizada antes da invasão da Ucrânia em 2022.

Os funcionários ocidentais temem que a campanha de desinformação tenha como objetivo preparar o terreno para mais provocações ao longo do Golfo da Finlândia. Apesar do suporte adicional que a Polônia recebeu da OTAN, analistas alertam que a aliança permanece vulnerável. “Você está usando caças de milhões de libras para derrubar drones que custam alguns milhares”, destacou Mykola Kuzmin, do Henry Jackson Society.

O impacto e as implicações estratégicas

Além de ser uma simples provocação, as incursões russas são vistas como uma tática clássica de “zona cinza” – ações que não chegam a constituir guerra, mas que buscam provocar confusão, hesitação e medo entre os aliados da OTAN. A mensagem é clara: se a Rússia conseguir atacar a Polônia e a OTAN hesitar na resposta, isso minaria toda a aliança.

De acordo com Kuzmin, o interesse da Rússia no corredor Suwałki, que liga a Polônia aos Estados Bálticos, é central na estratégia atual. “Esse corredor é uma base avançada cheia de sistemas de escuta e jamming, além de uma alavanca estratégica. Uma provocação ali envia uma mensagem a todos os capitais da Europa”, conclui.

À medida que se aproxima o inverno, os planejamentos da OTAN tornaram-se ainda mais urgentes, sem indícios de um ataque em grande escala, mas com uma crescente preocupação sobre ataques calibrados que podem ocorrer a qualquer momento.

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