Brasil, 20 de setembro de 2025
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Queda em medidas protetivas em meio ao aumento da violência

Apesar do crescimento da violência, medidas protetivas no Alto Tietê caem 3,88% em 2025, destacando-se Salesópolis com alta de 243,48%.

No Brasil, a questão da violência doméstica permanece crítica, refletindo um cenário preocupante em várias regiões. No Alto Tietê, embora o número total de casos de violência tenha aumentado, o registro de medidas protetivas sofreu uma diminuição de 3,88% entre o primeiro semestre de 2024 e o mesmo período em 2025. Este contraste levanta questões sobre a eficácia das políticas de proteção e a resposta das autoridades locais diante do crescimento alarmante dos registros de violência.

Aumento da violência e queda nas medidas protetivas

O levantamento mais recente aponta que, em 2024, foram registradas 3.708 medidas protetivas na região, número que caiu para 3.564 em 2025. Nesse mesmo intervalo, os casos de violência doméstica aumentaram em expressivos 18%. A relação entre o aumento da violência e a redução das medidas protetivas sugere uma possível falha na aplicação das políticas públicas de proteção às vítimas, levantando questões sobre a efetividade do sistema judicial em garantir a segurança das mulheres.

Salesópolis: um caso à parte

Embora a média geral tenha retratado uma tendência de queda, Salesópolis se destacou com um aumento extraordinário de 243,48% nas medidas protetivas, subindo de 23 para 79. Este crescimento acentuado chama a atenção e pode ser interpretado de diferentes maneiras. Por um lado, pode indicar um maior reconhecimento da gravidade da situação local e uma resposta mais assertiva das autoridades. Por outro, levanta questões sobre se a população está mais disposta a buscar medidas legais de proteção ou se as vítimas necessariamente sentem que a única forma de apoio é através do sistema judicial.

Reflexões sobre a eficácia das políticas de proteção

A queda no número de medidas protetivas em contraste com o aumento de casos de violência pode levar a reflexões profundas sobre como as políticas públicas estão sendo implementadas e monitoradas. Embora Salesópolis represente um caso de avanço na busca por proteção, é essencial que os demais municípios da região não apenas observem essa realidade, mas também questionem suas próprias estatísticas e estratégias. Reduzir a violência requer um trabalho conjunto entre autoridades locais, organizações da sociedade civil, e a própria população, para que as vítimas se sintam seguras e acolhidas ao buscar ajuda.

Consequências e o papel da sociedade

A violência doméstica é um problema multifacetado que exige uma abordagem cuidadosa e integrada. A diminuição das medidas protetivas pode ser vista como uma forma de desestímulo ao acionamento das autoridades. As vítimas podem sentir que suas queixas não são ouvidas ou que o sistema não oferece a proteção necessária. É crucial que iniciativas de educação e conscientização sejam amplamente disseminadas, promovendo um ambiente onde a denúncia da violência seja incentivada e protegida.

A importância do apoio à vítima

Com o aumento do medo e da insegurança, é fundamental que redes de apoio sejam fortalecidas. As organizações sociais, centros de referência e serviços especializados desempenham um papel vital em oferecer suporte às vítimas de violência doméstica. Programas de acolhimento, escuta ativa e assistência legal são essenciais para que as mulheres possam trilhar o caminho da recuperação e do empoderamento. Além disso, o envolvimento da comunidade na luta contra a violência é imprescindível; todos têm um papel a desempenhar, seja alertando sobre atitudes de violência ou oferecendo um ouvido amigo a quem precisa.

O caminho à frente

À medida que a sociedade se mobiliza para enfrentar a crescente onda de violência, é fundamental que todos os setores se unam em prol da proteção das vítimas. O exemplo de Salesópolis deve inspirar outros municípios a revisitar suas abordagens e a implementar sistemas que reflitam a necessidade urgente de mudança. Se a sociedade e o governo trabalharem em conjunto, será possível não apenas reduzir os índices de violência, mas também proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para todos.

Com a palavra, as autoridades e a sociedade civil: como podemos mudar essa realidade? O debate é necessário e urgente.

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