Brasil, 20 de setembro de 2025
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Mais da metade dos americanos se sente envergonhada com dívidas

A pesquisa revela que muitos americanos se sentem estressados e envergonhados com suas dívidas, afetando sua saúde mental.

CHESTERBROOK, Pa. — Uma nova pesquisa aponta que cerca de 55% dos americanos se sentem envergonhados em relação à sua situação financeira, enquanto quase metade se preocupa com dívidas todos os dias. Os dados sugerem que o estresse relacionado ao endividamento atinge seu ápice em níveis intermediários, mas pode diminuir à medida que as dívidas se tornam maiores, um fenômeno psicologicamente descrito como “dessensibilização à dívida”.

A relação entre a dívida e o estresse

Realizada pela JG Wentworth, a pesquisa ouviu 1.186 americanos e demonstrou que aqueles com dívidas pequenas, abaixo de US$ 500, apresentaram os níveis de estresse mais baixos, com uma média de 1,5 em uma escala de 5. À medida que o valor da dívida aumentou, o estresse também subiu, alcançando o pico de 4,2 entre os que deviam entre US$ 75.000 e US$ 99.999. Curiosamente, quem tinha dívidas superiores a US$ 500.000 relatou uma média de estresse de 2,5, inferior à média de 3,3 entre aqueles com dívidas de US$ 2.500 a US$ 4.999.

Essa descoberta sugere que, quando os valores tornam-se avassaladores, as pessoas podem se desligar emocionalmente, o que pode explicar a diminuição da ansiedade em níveis elevados de endividamento. No entanto, a pesquisa não mediu diretamente a atividade cerebral, portanto, as razões por trás desse fenômeno permanecem incertas.

Vivendo com dívidas diariamente

A pesquisa revelou que quase 46,5% dos participantes se sentem preocupados com suas dívidas todos os dias. Além disso, muitos admitem evitar verificar seus extratos bancários, uma atitude que pode agravar a situação financeira ao atrasar a tomada de decisões necessárias. Mais da metade dos entrevistados (54,6%) revela sentir vergonha de suas dívidas, mesmo que 98% deles admitam dever dinheiro.

Os receios mais mencionados pelos participantes incluem a possibilidade de não conseguirem pagar as contas em dia (53,7%), não ter o suficiente para a aposentadoria (53,7%) e descobrir saldos mais altos do que o esperado (53,5%). Outros temores incluem a perda de bens ou imóveis (53,3%) e deixar pouco para os filhos (51,8%).

Idade e níveis de estresse

Os níveis de estresse variam significativamente entre as idades. Entre os jovens de 18 a 26 anos, 47,9% avaliaram o estresse gerado pelas dívidas em 1 e 48,1% em 2. Por outro lado, adultos com mais de 43 anos mostraram níveis de estresse mais altos, especialmente os de 43 a 59 anos, onde 23,2% atribuíram a máxima pontuação de 5, em comparação a apenas 1,2% dos jovens.

Embora a pesquisa não tenha explorado as razões para essas diferenças de idade, uma interpretação possível é que os jovens podem sentir que têm mais tempo para se recuperar financeiramente, enquanto os mais velhos se sentem pressionados pela proximidade da aposentadoria.

Quais dívidas causam mais estresse?

Nem todas as dívidas são percebidas de forma igual. As dívidas de cartão de crédito geraram os níveis de estresse mais altos, especialmente quando os saldos atingiram o limite de US$ 30.000. Em contraste, as dívidas de automóveis exibiram uma tendência crescente constante, aumentando junto com novos compromissos financeiros, enquanto a dívida hipotecária parece causar menos estresse, possivelmente devido ao fato de que as casas tendem a valorizar com o tempo.

Consequências da “dessensibilização da dívida”

O fenômeno da “dessensibilização da dívida” destaca uma contradição interessante. Aqueles com dívidas massivas podem relatar níveis de estresse inferiores àqueles com quantidades mais manejáveis. Embora a desconexão emocional no curto prazo possa parecer um alívio, essa atitude pode atrasar ações importantes, já que evitar o problema é comum.

Profissionais de finanças devem reconhecer quando isso ocorre e adotar estratégias que ajudem a tornar as dívidas enormes mais tangíveis, dividindo-as em passos menores e mais gerenciáveis.

Metodologia da pesquisa: Conduzida em julho de 2025, a pesquisa abarcou 1.186 adultos dos EUA, que compartilharam informações sobre suas dívidas e suas percepções sobre o estresse emocional que elas causam.

Essa pesquisa oferece uma compreensão mais profunda de como a dívida impacta a saúde mental de muitos americanos, revelando que, embora a preocupação com dívidas seja comum, a forma como lidamos com elas pode variar amplamente.

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