Brasil, 20 de setembro de 2025
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Cruz critica suspensão de Jimmy Kimmel e alerta para perigos futuros

Na última sexta-feira, o senador republicano Ted Cruz (TX) criticou duramente a suspensão do programa de Jimmy Kimmel, condenando a atitude do governo Trump como uma ação vingativa que pode abrir um perigoso precedente autoritário nos Estados Unidos.

Críticas à ação do governo e sua relação com o FCC

Cruz afirmou que a tentativa de censurar Kimmel “é exatamente como de um mafioso de ‘Goodfellas'”, ao fazer referência às ameaças de autoridades da FCC (Comissão Federal de Comunicações). “Ele [Brendan Carr, presidente do FCC] diz: ‘Vamos fazer desta maneira ou da outra’. E isso lembra uma extorsão de máfia”, comparou o senador, evidenciando o risco de o governo utilizar o controle das licenças de transmissão como instrumento de repressão política.

Segundo Cruz, as ações iniciais culminam na possibilidade de que o próprio FCC possa retirar as licenças de emissoras que criticarem o presidente, o que representaria uma ameaça à liberdade de expressão. “Se eles conseguem retirar o programa de Kimmel, amanhã podem fazer o mesmo com canais conservadores que apoiam Trump”, alertou, enfatizando os perigos de uma escalada autoritária.

Contexto do caso e polêmica envolvendo Charlie Kirk

A controvérsia começou após comentários feitos por Kimmel sobre a morte do ativista de direita Charlie Kirk, na semana passada. O apresentador sugeriu que alguns apoiadores de Kirk podiam estar ligados à violência, o que provocou a ira do presidente Donald Trump, que declarou que programas de “shows noturnos” não poderiam criticá-lo, insinuando que poderia tentar cancelar suas licenças com base na suposta “mentira” do comediante.

O relato de Cruz também faz referência às declarações de Carr, que chegou a afirmar, em podcast de direita, que “podemos resolver isso da maneira fácil ou difícil”, reforçando a mesma linguagem de ameaças consideradas mafiosas. Para Cruz, a narrativa remete às cenas de “Goodfellas”, com um ambiente de intimidação e abuso de poder.

Repercussões e riscos de censura

Cruz ressaltou que, apesar de sua preferência pessoal por Kimmel, a verdadeira preocupação é o precedente que esse tipo de ação representa. “Se permitirmos que esses atos sejam considerados normais, os próximos a serem silenciados poderão ser os canais conservadores, que ajudaram a propagar mentiras de Trump no passado”, disse.

Essas declarações aconteceram em um momento em que a suspensão do programa de Kimmel foi recebida com grande condenação por especialistas em direitos civis e liberdade de expressão, que consideram a medida uma afronta aos direitos fundamentais.

Futuro do programa e cenário político

O apresentador deverá se reunir com executivos da ABC nos próximos dias para discutir seu futuro na emissora. Enquanto isso, companhias de mídia, muitas filiais de grandes grupos, ameaçam substituir o conteúdo do programa de Kimmel por outras atrações, reforçando o clima de polarização e censura potencial.

“Se continuarmos por esse caminho, o dia em que um democrata ganhar novamente, eles usarão o poder contra os conservadores”, concluiu Cruz, advertindo sobre o risco de erosão da liberdade de imprensa no país.

A polêmica envolve ainda debates mais amplos sobre o uso da força estatal em assuntos políticos e o impacto que essa dinâmica pode ter na democracia americana, que já vive um momento de forte tensão e polarização.

Esta notícia foi originalmente publicada no HuffPost.

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