Uma tragédia envolvendo a morte de sete gatos após um serviço de castração gratuita oferecido pela prefeitura de Mogi Guaçu, em São Paulo, tem gerado indignação entre os tutores dos animais e a comunidade local. O incidente ocorreu no dia 16 de setembro de 2025, durante a realização de procedimentos realizados por uma empresa contratada pela administração municipal. Os tutores relatam que, após receber informações de que tudo estava bem, foram surpreendidos ao receber os gatos desacordados e, em alguns casos, já sem vida. A prefeitura anunciou uma investigação para apurar as causas das mortes.
Casos de morte e falta de informações
A indignação começou quando Ingrid Lays Rosa, uma das tutoras afetadas, relatou que ao buscar seus gatos, foi informada por um dos profissionais que a situação era normal, atribuindo a condição dos felinos à anestesia. “Ela me disse que não era nada, que era normal, que era anestesia. Depois que eu cheguei em casa e fui verificar, percebi que minha gata já estava dura e morta”, contou Ingrid, em um depoimento que reflete a angústia e o desespero vividos por muitos donos de animais no município.
Com essa situação, várias perguntas começaram a surgir entre os tutores. “Como é possível que sete gatos tenham morrido em apenas um dia? Pode isso ser considerado uma falha médica? Ou um erro na anestesia?”, questionou Ingrid, que destacou ainda que seus animais eram saudáveis antes do procedimento. Outro tutor, que preferiu não se identificar, também comentou sobre a situação e fez questão de ressaltar que a falta de comunicação por parte dos profissionais envolvidos apenas aumentou a angústia das famílias.
Prefeitura e empresa investigadas
Após o episódio, a prefeitura de Mogi Guaçu convocou uma reunião com a empresa responsável pela castração, e um laudo deverá ser apresentado, detalhando os procedimentos realizados. Segundo a Secretaria de Bem-Estar Animal, os casos de morte são excepcionais, uma vez que mais de 150 operações semelhantes foram executadas com sucesso sem problemas anteriores. “É um caso que nos preocupa muito e que estamos analisando minuciosamente”, declarou Claudinei da Silveira Rodrigues, titular da pasta.
Ainda assim, muitas famílias sentiram que o tratamento dado pela prefeitura e pela empresa foi insatisfatório. Ana Paula de Almeida, que levou seus três gatos para a castração, disse que, ao tentar buscar informações, foi informada apenas da morte de dois dos seus felinos, sem maiores esclarecimentos. “Precisamos de respostas e de garantias de que algo assim não irá acontecer novamente”, afirmou Ana Paula, visivelmente abalada pela situação.
Impacto emocional e chamadas à ação
A morte de tantos gatos em um curto espaço de tempo não apenas afeta os tutores diretamente envolvidos, mas também cria um clima de medo e preocupação na comunidade animal. “O que mais pode acontecer em um procedimento que deveria ser seguro e benéfico para os nossos pets?”, perguntou uma tutora durante uma manifestação em frente ao local onde ocorrem essas castrações.
Os tutores que perderam seus animais expressam não apenas a dor da perda, mas também um apelo por mudança e por maior regulamentação em serviços de saúde animal. A raiva e a tristeza se misturam ao desejo de que outras vidas possam ser salvas no futuro.
Próximos passos
A prefeitura e a empresa contratada prometem uma investigação minuciosa, e os tutores esperam ansiosamente por respostas que possam esclarecer este tragédia. Enquanto isso, muitos pedem por um melhor acompanhamento dos casos de castração e um reforço nas informações oferecidas aos tutores, para que incidentes dessa natureza não se repitam.
A expectativa é de que a situação ganhe visibilidade e se torne um alerta não apenas para Mogi Guaçu, mas também para outras cidades que realizam serviços semelhantes, garantido a proteção e o bem-estar dos animais que dependem da responsabilidade humana para sua saúde e segurança.