O filme HIM, produzido por Jordan Peele, estreia um final impactante que mistura horror, esporte e alegorias sobre os bastidores da indústria do futebol profissional. Dirigido por Justin Tipping, a trama acompanha o jovem quarterback Cameron Cade, que luta para conquistar seu espaço no time dos San Antonio Saviors, enquanto descobre conchavos sinistros por trás do esporte.
A trajetória de Cameron e os segredos sombrios do esporte
Cameron Cade, interpretado por Tyriq Withers, é um talentoso jogador que busca honrar a memória de seu pai, antigo astro do time. Após uma lesão cerebral que ameaça sua carreira, ele é submetido a um rigoroso treinamento na casa de Isaiah White, personagem de Marlon Wayans. Durante a semana de testes, Cameron percebe forças estranhas e estratégias perversas envolvendo a equipe e a hierarquia do futebol profissional.
O pacto sobrenatural e a verdade por trás da franquia
No desfecho, Cameron enfrenta uma luta de vida ou morte com Isaiah, culminando na morte do rival em uma luta brutal. Ao emergir da arena de treinamento, ele encontra uma reunião na qual, na verdade, tudo era uma armadilha para forçá-lo a assinar um contrato que simbolizava um pacto diabólico. Essa aliança revelada mostra que a elite da liga há tempos manipula atletas, transferindo a “poder” do melhor jogador por meio de um ritual de sangue que remete a pactos satânicos.
Está revelado que os dirigentes e os proprietários do time, incluindo seu próprio agente, participaram de ações criminosas e exploratórias. Eles moldaram Cameron desde jovem, forçando-o a substituir Isaiah para manter a influência e o controle sobre o esporte, além de arquitetarem a sua própria morte – tudo para perpetuar o poder do “Him” (Ele), uma entidade que representa o auge da exploração e corrupção.
A recusa de Cameron e o final de vingança
Diferentemente de aceitar os termos do contrato infernal, Cameron opta por resistir, rejeitando a corrupção e oferecendo uma resistência violenta. Sua resposta ao sistema corrupto é um massacre ultraviolento contra todos que representavam a exploração e o abuso, incluindo os proprietários e o próprio agente. Essa decisão simboliza a luta contra o sistema opressor que transforma atletas em mercadorias.
Reflexões e críticas reveladas no final
Como explicou o diretor Justin Tipping, o filme é uma metáfora do ciclo de exploração na indústria esportiva, onde o atleta é visto como uma peça descartável. “Quando o atleta se torna uma mercadoria, o que assombra é o pacto sombrio por trás dessa relação”, afirmou
. A narrativa remete a um pacto faustiano, onde a busca pelo sucesso e fama se paga com a alma, representando as pressões e as políticas que moldam o esporte de elite.
Implicações e mensagens do filme
Além de seu apelo de horror, HIM funciona como uma crítica social à influência de interesses econômicos e raciais no futebol, refletindo sobre o preço do sucesso e a perda da autonomia dos atletas. O filme sugere que o sistema, muitas vezes, se sustenta por pactos obscuros que mantêm a hierarquia de poder intacta, pisoteando os sonhos e a saúde dos jogadores.
Seja qual for o seu entendimento, o encerramento de HIM deixa uma pergunta instigante: até que ponto a fé no esporte é uma ilusão, quando a verdade por trás do espetáculo revela pactos demoníacos e manipulação?