Brasil, 19 de setembro de 2025
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Deputada Silvye Alves deixa União após ser coagida a votar pela PEC da Blindagem

A deputada Silvye Alves revela pressão para mudar voto e anuncia saída do partido após polêmica na votação da PEC da Blindagem.

Nesta quinta-feira (18/9), a deputada federal Silvye Alves (União-GO) fez uma declaração impactante ao afirmar que foi coagida a votar a favor da Proposta de Emenda à Constituição nº 3/2021, popularmente conhecida como PEC da Blindagem. Em um movimento abrupto, a parlamentar anunciou que deixará a legenda assim que abrir a janela partidária em 2026.

Pressão e explicações

Em uma nota divulgada à imprensa, a deputada comunicou sua insatisfação, onde destacou: “Insatisfeita, Silvye Alves vai deixar o partido assim que abrir a janela partidária em 2026.” Além da nota, a parlamentar se manifestou em um vídeo nas redes sociais. Com um tom de arrependimento em sua fala, fez um apelo a seus eleitores, reconhecendo a gravidade de sua decisão: “Eu cometi um erro gravíssimo na última terça-feira (17/9), durante a votação da PEC da Blindagem. Eu fui contra tudo aquilo que eu defendo, tudo aquilo que eu acredito.”

A coerção sofrida

Silvye Alves detalhou a pressão que enfrentou para mudar seu voto. Embora tenha registrado inicialmente uma posição contrária à PEC, que limita investigações e prisões de parlamentares a autorização do Congresso Nacional, ela não resistiu às ligações de “pessoas influentes do Congresso Nacional”. No vídeo, ela expressa suas preocupações e confessa: “A partir desse momento, eu comecei a receber muitas ligações… dizendo que, havendo a votação contra, eu sofreria retaliações.” Ela se mostrou confusa sobre o tipo de punição que poderia vir de uma posição contrária, admitindo que se sentiu covarde em não manter sua decisão inicial.

Implicações da PEC da Blindagem

A PEC da Blindagem, que gerou tanta controvérsia, estabelece que qualquer tipo de investigação ou prisão de parlamentares deve ser autorizada previamente pelo Congresso, conferindo a eles um prazo de 90 dias para se manifestar. Tal proposta tem gerado preocupações em relação à impunidade e à obstrução da Justiça, levantando um debate acirrado sobre a ética no exercício do poder legislativo.

Reações nas redes sociais

Embora tenha se posicionado contra sua votação, Silvye não mencionou nomes das pessoas que a pressionaram. O episódio gerou uma onda de críticas e ofensas nas redes sociais, com muitos eleitores expressando descontentamento. Em comentários na postagem da deputada, leitores manifestaram sua indignação: “Não é arrependimento, é medo de não ser mais eleita!”, escreveu uma usuária. Outro eleitor também se pronunciou, afirmando que não votaria mais nela: “Não erro mais votando na senhora.”

Consequências políticas

A saída de Silvye Alves do União representa um capítulo interessante na política brasileira. A pressão que recebeu levanta questões sobre a integridade e a autonomia no voto dos representantes eleitos. O fato de outros parlamentares também estarem seguindo o exemplo de Silvye, com declarações semelhantes de coação, torna claro que a PEC da Blindagem não é apenas uma questão legal, mas um reflexo das dinâmicas complexas que permeiam a política em Brasília.

Com a janela partidária se aproximando, espera-se que a deputada revele detalhes de suas intenções futuras e como pretende reverter a insatisfação dos eleitores. Silvye Alves parece estar em um ponto de inflexão, e suas próximas decisões podem moldar não apenas sua carreira política, mas também influenciar o cenário partidário no Brasil.

Para mais detalhes sobre a PEC da Blindagem e suas implicações, acompanhe as atualizações nas notícias.

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