Ao escolher jogar o SP Open na sua cidade, Bia Haddad Maia já sabia que perderia posições no ranking do tênis feminino. A tenista número 1 do Brasil, vai perder 15 posições e será nº 40 na próxima lista que será divulgada pela WTA. As derrotas dramáticas e o fuso-horário também foram decisivos.
A escolha de Bia
Não cabe questionar a decisão de Bia Haddad quando escolheu jogar o aberto de São Paulo, terra natal da estrela do tênis brasileiro, mas foi um risco calculado. A “rainha” queria jogar perto das pessoas que mais gosta e contribuir para o legado de um torneio desse nível em solo brasileiro. Se Bia avançasse às finais no Brasil — onde era cabeça de chave número 1 — nem viajaria para a Coreia do Sul.
O importante dizer que Bia perderia posições no ranking mesmo que fosse campeã em São Paulo. Se conquistasse o torneio disputado na capital paulista, que valia 250 pontos, Bia perderia outros 250 de diferença por não defender o título do WTA 500 de Seul. A tenista desceria algumas posições, mas ainda ficaria no top-30, mesmo no limite. Mas como o resultado não veio, Bia perdeu mais posições. Vale lembrar que sua algoz, Renata Zarazúa, havia eliminado uma top-10 no US Open.
Mau resultado e fuso-horário
Depois de ser eliminada de forma precoce no SP Open, Bia viajou 22 horas até Seul para defender o título e os pontos ganhos no ano passado. Com outra eliminação dramática nas oitavas de final contra a alemã Ella Seidel, depois de ter um match point a seu favor, a brasileira perdeu 440 pontos no ranking e deve ficar na 40ª posição.
A última derrota não foi surpresa, já que Bia não teve chance de se preparar para a diferença de 12 horas de fuso e descansar da longa viagem. A boa vitória na estreia é que pode, sim, ser considerada uma surpresa.
O futuro de Bia Haddad
É verdade que Bia não atravessa uma grande fase, mas pagou pelas ótimas campanhas no US Open e no Aberto da Coreia no ano passado. Assim funciona o ranking mundial do tênis, para o bem e para o mal. As duras derrotas em vários torneios no primeiro semestre, onde pontos importantes poderiam ser ganhos, foram até mais decisivas para chegar a esta situação.
O lugar de Bia Haddad na história do tênis feminino do Brasil está garantido, resta saber se a tenista de 29 anos vai ter forças para voltar ao top-10.