Brasil, 19 de setembro de 2025
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Assembléias estaduais discutem replicar a PEC da Blindagem

Após a aprovação da PEC da Blindagem, legislações estaduais já têm debates iniciados sobre o tema.

Aprovada na última terça-feira pela Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem está agora sob análise do Senado e já influencia discussões nas assembleias estaduais do Brasil. A proposta estabelece que processos criminais contra parlamentares só podem ser instaurados com autorização do Legislativo, o que gera um cenário de especulações sobre a replicação dessa proteção nas esferas estaduais.

O que é a PEC da Blindagem?

A PEC da Blindagem se propõe a oferecer maior proteção legal para parlamentares, visando garantir que apenas o Supremo Tribunal Federal (STF), e com autorização do Legislativo, possa autorizar a abertura de processos criminais contra eles. Com essa mudança, a expectativa é que a blindagem se espalhe para deputados estaduais, como já discutido em algumas assembleias.

Discussões nas assembleias estaduais

Seguindo o desdobramento da PEC, parlamentares de diversos estados começam a reconhecer a necessidade de debater essa proteção em suas assembleias. Na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), por exemplo, o tema já está em pauta, com alguns deputados acreditando que decisões passadas do STF poderiam legitimar a expansão das prerrogativas presentes na proposta federal.

O apoio e as críticas à proposta

Um dos parlamentares fluminenses comentou: “O tema está pacificado e começaria a valer automaticamente. Há, sim, o apoio de parte dos deputados pela mudança.” No entanto, em outros estados, como Paraná e Goiás, o impacto da PEC ainda é debatido, e autoridades locais buscam se posicionar quanto à sua eficácia e necessidade de replicação.

O deputado estadual de Goiás, Bruno Peixoto, manifestou-se a favor da discussão das novas regras e ressaltou que a responsabilidade do Legislativo é fundamental: “Estamos aguardando a discussão das votações no Congresso.”

A reação de deputados em todo o Brasil

Enquanto o debate avança, diferentes deputados expressam suas opiniões. O deputado estadual Amauri Ribeiro, em Goiás, defendeu a aprovação da PEC pelo Congresso e criticou a resistência de colegas, alegando que a proposta visa proteger deputados de perseguições judiciais. No entanto, Ribeiro também declarou, em entrevista ao GLOBO, que apoia a proposta apenas em nível federal.

Expectativa nas Assembleias

Por outro lado, o deputado Doutor Sergio Castro, da Bahia, é um dos que acredita que a incorporação das novas regras se torna “inevitável”, apontando que os estados devem querer se antecipar às diretrizes que possam interferir em suas legislações locais. “Embora eu tenha pontuais discordâncias, acredito que isso é necessário para resgatar o equilíbrio entre os Poderes”, afirmou Castro.

Implicações jurídicas e futuros desdobramentos

Os efeitos da PEC da Blindagem, caso aprovada, podem solicitar que vários estados adaptem suas legislações para alinhar-se à proposta federal. Isso pode incluir a introdução de votações secretas para que deputados aprovem ou não ações judiciais contra seus colegas, como apontado pelo advogado Wilton Gomes, especialista em Direito Público.

Com o desdobramento dessa situação, as consequências da PEC da Blindagem podem trazer à tona uma série de discussões sobre a responsabilidade e a imunidade dos parlamentares, além de influenciar diretamente a dinâmica política nas assembleias estaduais.

Enquanto isso, o clima se mantém tenso, com alguns parlamentares, como Gil Diniz, em São Paulo, vislumbrando possíveis benefícios pessoais com a nova proposta. O cenário atual sugere que a possibilidade de uma “blindagem extra” possa, na prática, ser uma realidade concreta nas assembleias, impactando a responsabilidade e a transparência política no país.

É importante acompanhar os desdobramentos dessa proposta e o seu impacto em processos judiciais que envolvem representantes legislativos em todo o Brasil. O debate legislativo em nível estadual é, neste momento, mais crucial do que nunca, e as assembleias se tornam palcos vitais para essa discussão.

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