A corrida presidencial de 2026 já começa a ganhar contornos, e uma recente pesquisa mostra que a maioria dos eleitores brasileiros não apoia a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O levantamento, realizado entre os dias 12 e 14 de setembro, revela que 93% dos bolsonaristas acreditam que Lula não deve disputar novamente a presidência, um sinal claro da divisão política ainda presente entre os eleitores brasileiros.
Apoio à candidatura de Lula entre os eleitores
Segundo a pesquisa, o apoio à candidatura de Lula permanece elevado entre os lulistas, alcançando 92% deste grupo. Este número representa um leve aumento em comparação com a pesquisa anterior, que apontava 89%. Para aqueles que se identificam com a esquerda, mas não são lulistas, o apoio também é significativo, embora tenha apresentado uma queda, passando de 77% para 72%.
Resistência à candidatura de Lula
Por outro lado, a oposição à candidatura de Lula é igualmente notável. Entre os bolsonaristas, a rejeição é avassaladora, com 93% dos entrevistados afirmando que ele não deve participar do pleito em 2026. Essa resistência também se reflete entre eleitores que se identificam com a direita, mas não são bolsonaristas, com 90% afirmando que Lula não deve concorrer. Mesmo entre eleitores sem posicionamento político claro, 66% deles compartilham desse sentimento, embora este seja um número que teve uma leve queda, que anteriormente era de 67%.
Quem deveria suceder Lula?
A pesquisa ainda apresenta alternativas para a sucessão de Lula, caso ele não dispute as eleições. Apenas 9% dos entrevistados acreditam que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) deve ser o escolhido para sucedê-lo. No entanto, outros nomes também são mencionados. A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), aparece com 6% de apoio, seguida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), com 5%. Outros nomes, como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o ministro da Educação, Camilo Santana, têm apoio de apenas 3% e 2%, respectivamente.
Além disso, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), somam apenas 1% cada em termos de apoio. Um total de 8% dos entrevistados opina que nenhum desses candidatos deve suceder Lula, e 25% não souberam ou não quiseram responder.
Metodologia da pesquisa
Os dados foram coletados através de entrevistas presenciais com 2.004 brasileiros acima de 16 anos. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%, o que confere credibilidade aos resultados apresentados.
Em um cenário político marcado por polarizações, as opiniões sobre Lula e suas chances de candidatura em 2026 refletem a complexidade da formação da opinião pública no Brasil. O fato de que uma parcela significativa da população se opõe à continuidade do ex-presidente no cargo demonstra a necessidade de reflexão e diálogo entre os diferentes segmentos eleitorais.
Enquanto isso, o futuro da política brasileira permanece em aberto, e a preparação para as próximas eleições parece exigir mais do que simplesmente uma recuperação das antigas alianças e apoios. Os eleitores devem ser ouvidos, e as percepções sobre os candidatos devem guiar as decisões dos partidos políticos nos próximos meses.