Na última quarta-feira, durante o evento anual Meta Connect, a Meta apresentou seu mais recente produto: os óculos inteligentes Meta Ray-Ban Display, com preço de US$ 799. Durante a demonstração, o CEO Mark Zuckerberg tentou testar as funções de IA integrada, mas enfrentou dificuldades técnicas ao utilizar a ferramenta em uma vídeochamada do WhatsApp.
Desafios na implementação da IA nos óculos
Durante a apresentação, Zuckerberg convidou o chefe de cozinha Jack Mancuso para experimentar a função de Live AI, que ajuda na preparação de pratos. Embora os óculos tenham conseguido identificar os ingredientes na mesa, a resposta ao pedido do chef para indicar os passos iniciais da receita foi lenta e imprecisa, como se os passos já tivessem sido realizados.
“Você já combinou os ingredientes base, então pegue uma tigela e adicione o molho”, respondeu a inteligência artificial, mesmo o chef reclamando que a ferramenta não respondia adequadamente às suas perguntas subsequentes. Mancuso então alegou que poderia estar com problemas na conexão Wi-Fi e desistiu do teste.
Recursos e objetivos dos óculos de IA
Segundo Andrew Bosworth, diretor de tecnologia da Meta, a empresa considera os novos óculos a “primeira tentativa séria” nesse segmento. Os óculos de IA, agora chamados pela Meta de óculos inteligentes, incluem uma tela que permite exibir mensagens, chamadas, navegação por mapas, resultados de consultas a inteligência artificial, fotos, controles de música e um visor digital para a câmera.
Em outro momento do evento, Zuckerberg também tentou usar a função de um visor interno para exibir informações na lente, mas também encontrou dificuldades ao tentar atender a uma chamada de vídeo pelo WhatsApp. Essas falhas destacam os desafios técnicos enfrentados pela Meta na introdução de suas novas funcionalidades.
Contexto e perspectivas dos óculos inteligentes
Andrew Bosworth reforçou que os óculos representam um passo importante na estratégia da Meta de construir um ecossistema próprio, concorrendo com empresas como Apple e Google. Desde 2016, com o lançamento do primeiro headset de realidade virtual, a companhia busca envolver os usuários em plataformas que possam substituir o uso exclusivo do smartphone.
Os óculos de IA poderão, futuramente, transferir funções que atualmente dependem do celular, facilitando tarefas diárias e aumentando a independência de dispositivos móveis. O lançamento dos Meta Ray-Ban Display aponta para uma nova fase no desenvolvimento de tecnologia de consumo, embora desafios técnicos ainda precisem ser superados.
Para saber mais detalhes sobre o evento e os obstáculos enfrentados durante os testes, acesse a matéria completa aqui.