O dólar iniciou a sessão desta quinta-feira (18) com variações pequenas, enquanto o Ibovespa mantém trajetória de recordes após as decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil. O Federal Reserve anunciou ontem o primeiro corte nos juros em 2025, o que impulsionou o mercado norte-americano e elevou o índice brasileiro a 146 mil pontos.
Decisão do Federal Reserve e efeitos no mercado mundial
Além de reduzir a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, o Fed divulgou projeções indicando possíveis novos cortes até o final do ano. Jerome Powell afirmou que os riscos para a inflação permanecem elevados, enquanto o mercado de trabalho apresenta sinais de enfraquecimento, criando um cenário desafiador para o banco central.
O presidente do Fed destacou ainda que a influência das tarifas comerciais de Trump está sendo absorvida pelo mercado, embora a decisão tenha ocorrido sob forte pressão política, incluindo ameaças de demissão de integrantes do conselho. Investidores reagiram positivamente às expectativas de cortes futuros, elevando os futuros de Wall Street e fortalecendo bolsas na Europa e na Ásia.
Selic mantida no Brasil e cenário local
Enquanto isso, o Banco Central do Brasil anunciou que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, conforme aguardado pelo mercado. O foco agora está na divulgação do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve sinalizar os próximos passos da política monetária.
Na B3, o Ibovespa fechou o dia em alta, registrando 146.000 pontos pela primeira vez na história, impulsionado pelas decisões internacionais. O dólar, por sua vez, apresentou estabilidade, com leve recuo no acumulado semanal de -0,98%, e fechamento em R$ 5,30, uma variação de apenas 0,07% em relação ao dia anterior.
Perspectivas globais e movimentações em mercados internacionais
Além da reação positiva nos EUA e na Europa, as Bolsas asiáticas tiveram desempenho misto nesta quinta, com o índice de Xangai refletindo realização de lucros após altas recentes, caindo 1,15%. Tóquio e Seul apresentaram alta, enquanto Hong Kong e Cingapura registraram quedas, demonstrando um cenário de ajustes após estímulos globais.
Os mercados futuros em Wall Street continuam otimistas, apontando para novas altas nas próximas sessões, enquanto o cenário internacional reforça as apostas de um ciclo de cortes de juros até o final do ano — uma tendência que deve influenciar o câmbio brasileiro e os investimentos locais.
Segundo especialistas, a combinação de juros baixos nos EUA e a manutenção da Selic brasileira consolidam um ambiente de maior estabilidade cambial, favorecendo investimentos em ações e reduzindo a pressão sobre o dólar.
