Brasil, 18 de setembro de 2025
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Invasão a hospital no RJ destaca histórico de crimes semelhantes

A recente invasão ao Hospital Municipal Pedro II reabre feridas do passado no RJ, revelando um padrão preocupante de criminalidade.

No dia 18 de setembro, uma nova invasão ao Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, Rio de Janeiro, chocou a população e reavivou memórias de episódios de violência que se repetem ao longo das últimas três décadas no estado. Este não é um caso isolado, mas parte de um histórico alarmante onde unidades de saúde foram alvos de criminosos em busca de resgatar comparsas feridos.

Recorrência de invasões em hospitais no RJ

Ao longo dos anos, diversos casos de invasões a hospitais no Rio de Janeiro revelaram como o crime organizado age sem medo nas instituições de saúde. Em 1994, por exemplo, o Hospital Estadual Getúlio Vargas, localizado na Penha, foi invadido por 15 homens armados que buscavam libertar o traficante Edson Souza Barreto, que estava internado após ter sido baleado em uma operação policial.

Em 2008, o caso se repetiu no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, quando cerca de 30 criminosos, usando coletes que lembravam uniformes policiais, invadiram a unidade para resgatar Marcos Antônio Oliveira da Silva, conhecido por sua ligação com o tráfico de drogas em Manguinhos. A audácia dos bandidos chocou a população, que começava a perceber a insegurança crescente nas áreas urbanas.

Casos impactantes nos últimos anos

Em 2014, outra invasão impactou Niterói, onde um grupo fortemente armado resgatou Johnny Luís da Silva, o Bebezão, apontado como um dos chefes do tráfico do Morro da Pedreira. Já em 2016, o Hospital Souza Aguiar, no centro do Rio, foi palco de um tiroteio após criminosos tentarem salvar Nícolas Labre, conhecido como Fat Family, resultando em quase 40 disparos no interior e arredores da unidade.

A invasão recente e suas consequências

A mais recente ocorrências aconteceu ontem, quando um grupo de oito milicianos armados e encapuzados invadiu o Hospital Municipal Pedro II com o intuito de eliminar um paciente que, segundo a polícia, era testemunha de crimes. O homem, que havia sido atendido após ser alvo de uma emboscada, buscou refúgio na unidade de saúde, onde se viu na mira de criminosos determinados. Eles conseguiram render os seguranças e seguir até o centro cirúrgico, mas o paciente já havia sido transferido, evitando assim a tragédia houver ocorrido.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, a invasão ocorreu por volta das 2h30. Durante a ação, um dos bandidos utilizava um fardamento da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), o que reforça a audácia dos criminosos. Posteriormente, a polícias militar foi acionada para reforçar a segurança no hospital, mas a sensação de insegurança ainda persiste entre os moradores e visitantes da unidade.

Repercussão e segurança nas unidades de saúde

Essas ocorrências fazem com que a população fique em alerta constante, temendo pela segurança não apenas dos pacientes, mas também dos profissionais que atuam nas unidades de saúde. A insegurança em ambientes que deveriam ser sagrados e protegidos preocupa não apenas os moradores, mas também as autoridades e a sociedade civil.

As autoridades precisam unir esforços para garantir que os hospitais não sejam mais vistos como alvos por grupos criminosos. A expectativa é que medidas mais efetivas de segurança sejam adotadas, incluindo a instalação de câmeras e a presença constante da polícia, para que situações como a do Hospital Pedro II não se repitam.

Em meio a essa onda de violência, a população demandada rapidez nas resoluções para que novos episódios não voltem a acontecer. O cenário atual exige um olhar atencioso das autoridades, urgente e preciso, para que a segurança nas unidades de saúde seja garantida e o trabalho dos médicos e enfermeiros seja realizado em ambientes livres de pressão e violência.

Com ações efetivas, é possível restabelecer a confiança da população nos serviços de saúde e assegurar que lugares destinados ao cuidado e à recuperação sejam realmente seguros.

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