Brasil, 18 de setembro de 2025
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IFI aponta R$ 60,7 bilhões de receitas incertas na Lei Orçamentária de 2026

Instituição destaca incertezas na previsão de receitas e conta com possíveis novas fontes para garantir o superávit em 2026

A Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado Federal, revelou que R$ 60,7 bilhões das receitas previstas na Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 dependem da aprovação do Congresso Nacional e podem exigir novas fontes de receita para alcançar a meta de superávit de R$ 34 bilhões. A IFI também alertou que as previsões de despesas, especialmente em benefícios previdenciários e assistenciais, estão bastante otimistas.

Incertezas nas receitas e desafios fiscais

Segundo a IFI, as receitas de R$ 60,7 bilhões podem não se concretizar sem mudanças na arrecadação ou na legislação, o que reforça a possibilidade de a administração federal buscar fontes adicionais de receita. O relatório de acompanhamento fiscal de setembro aponta que, enquanto o governo projeta um superávit primário de R$ 34,5 bilhões para 2026, a IFI estima um déficit de R$ 45 bilhões, levando à necessidade de R$ 79,3 bilhões para atingir a meta estabelecida.

“A projeção do Executivo para o resultado primário do governo central, após as deduções legais, é de superávit de R$ 34,5 bilhões, porém, na visão da IFI, há um déficit de R$ 45 bilhões, indicando que faltariam R$ 79,3 bilhões para cumprir a meta fiscal”, detalhou a instituição no relatório divulgado nesta quinta-feira (18 de setembro).

Perspectivas macroeconômicas e impacto na receita

A IFI projeta um cenário macroeconômico menos favorável do que as expectativas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A instituição estima crescimento de 1,7% para o PIB em 2026, contra previsão de 2,4% do governo. Além disso, a inflação prevista é de 4,3%, acima dos 3,6% previstos pelo Executivo.

Enquanto o governo projeta um déficit primário de R$ 23,3 bilhões (0,2% do PIB), a IFI aponta um déficit de R$ 103 bilhões (0,8% do PIB) em 2026, embora essas projeções não considerem os abatimentos legais previstos na meta fiscal.

Projeções econômicas de curto prazo

Para 2025, a IFI prevê crescimento do PIB de 2,4%, inflação (IPCA) de 5,3% e Selic de 14,8%. Em 2026, esses números se ajustam para crescimento de 1,7%, IPCA de 4,3% e Selic de 12,5%, refletindo um cenário de desafios econômicos.

“Os resultados fiscais em 2026 dependerão das decisões do Congresso e da eficiência do governo na implementação das medidas previstas no PLOA”, afirmou a IFI.

Para mais informações, acesse a site da IFI e a matéria publicada pelo Metropoles.

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