Brasil, 18 de setembro de 2025
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EUA liberam visto do ministro da Saúde para acompanhar Lula na ONU

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu visto para viagem aos EUA, onde acompanhará Lula na Assembleia Geral da ONU.

Nesta quinta-feira, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu o visto dos Estados Unidos, permitindo sua participação no deslocamento a Nova York ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre os dias 20 e 24 deste mês. A ida do ministro é cercada de expectativas, especialmente quanto à sua participação na conferência da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e na Assembleia Geral da ONU, onde Lula fará o discurso de abertura.

Contexto sobre a concessão do visto

Informações vindas de interlocutores do governo brasileiro revelam que Padilha foi o último membro da comitiva a receber o visto necessário para entrar nos EUA. A autorização foi concedida no mesmo dia em que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também obteve a sua. Contudo, vale ressaltar que a imigração americana havia suspendido a entrada de Lewandowski algumas semanas antes, gerando apreensões sobre a concessão de vistos aos integrantes da delegação brasileira.

Problemas com o visto e declarações de Padilha

O ministro Alexandre Padilha estava com o visto vencido desde 2024 e solicitou sua renovação em 18 de agosto. Ao ser questionado por jornalistas sobre a demora na obtenção do visto, Padilha mostrou-se despreocupado: “Esse negócio do visto é igual aquela música, ‘tô nem aí’. Vocês estão mais preocupados com o visto do que eu. Eu não tô nem aí. Acho que só fica preocupado com o visto quem quer ir pros Estados Unidos”, afirmou, fazendo referência ao deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Padilha ainda mencionou que sua preocupação com o visto é nula e que a verdadeira motivação de outros pode estar relacionada a interesses em lobby ou propósitos que não considera adequados.

Cancelamento de vistos de familiares e repercussão

Recentemente, a esposa e a filha de 10 anos de Padilha tiveram seus vistos de entrada nos EUA cancelados pelo governo americano. Essa ação se alinha com uma série de retaliações realizadas pelas autoridades americanas, que também atingiram servidores públicos federais envolvidos no programa Mais Médicos, lançado na gestão de Dilma Rousseff em 2013. O governo dos EUA declarou que esses médicos cubanos estariam sendo vítimas de exploração trabalhista.

Expectativas para a viagem a Nova York

Lula e sua comitiva devem embarcar para Nova York no próximo domingo. Entretanto, a incerteza sobre a liberação dos vistos para todos os integrantes da delegação gerou ansiedade nos bastidores do governo. A situação complicada com relação aos vistos é uma consequência do tratamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e uma resposta do governo americano, que condiciona relações comerciais e ações diplomáticas ao andamento de processos judiciais envolvendo membros do governo brasileiro.

Esta situação anômala gerou especulações sobre possíveis sanções adicionais que o governo dos EUA poderia impor a autoridades brasileiras, além do cancelamento de vistos já ocorrido. Entre os principais alvos das críticas está o ministro do STF, Alexandre de Moraes, que enfrenta restrições severas e também teve seu visto negado.

Conclusão

Os desdobramentos relacionados ao visto de Padilha destacam não apenas as tensões nas relações diplomáticas entre Brasil e EUA, mas também revelam o clima de incerteza que envolve os preparativos da delegação brasileira para a 78ª Assembleia Geral da ONU. Enquanto isso, o governo brasileiro busca equilibrar sua posição diante das sanções e retaliações e manter um diálogo ativo na esfera internacional, representado pelo presidente Lula e sua equipe em Nova York.

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