Brasil, 18 de setembro de 2025
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Encontro de botos tucuxis é registrado no rio Juma, AM

Um biólogo documentou um raro comportamento reprodutivo de botos tucuxis no rio Juma, surpreendendo a todos com a descoberta.

Em um momento encantador da natureza, o biólogo Thiago Silva Soares, com mais de 20 anos de experiência na biologia, flagrou um grupo numeroso de botos tucuxis (Sotalia fluviatilis) em comportamento de reprodução, durante uma atividade com turistas no lago do rio Juma, na Amazônia. Este evento raro aconteceu pouco antes do pôr do sol e gerou imagens impressionantes que ilustram a interação destes cetáceos.

Um avistamento surpreendente

Enquanto nadava com os turistas, Thiago percebeu um movimento distinto na água, que despertou sua curiosidade. “Era algo diferente, e assim que identifiquei que eram tucuxis, busquei meu drone para captar imagens desse comportamento inusitado. Consegui registrar tudo e me senti privilegiado”, relata o biólogo.

Embora Thiago tenha observado botos tucuxis diversas vezes nos últimos quatro anos, ele nunca tinha presenciado um grupo tão grande e tão próximo. “Foi a primeira vez! Estou habituado a ver esses animais, mas essa foi uma experiência única”, enfatiza.

Comportamento reprodutivo dos tucuxis

O comportamento reprodutivo foi identificado como a razão para a grande concentração de tucuxis. “Os machos estavam competindo pela atenção de uma fêmea, que parecia estar fugindo. Foi fascinante observar esse ritual da natureza”, observa Thiago. Os tucuxis geralmente se alimentam de uma dieta variada, consumindo mais de 28 espécies diferentes de peixes, mas o episódio documentado foi claramente uma interação social e reprodutiva.

A importância da preservação

Thiago ressalta que, na região do lago do Juma, as ameaças humanas são mínimas, permitindo que os animais vivam livres em um ambiente protegido. “É gratificante ver os tucuxis em seu habitat natural e perceber que a população local está cada vez mais consciente da importância da vida selvagem. Eles valorizam a fauna viva, o que contribui para a preservação do nosso ecossistema”, explica.

Sobre a espécie tucuxi

Os botos tucuxis são endêmicos dos rios da Bacia Amazônica. Este golfinho de pequeno porte pode atingir até 1,52 metro de comprimento e pesar cerca de 55 quilos. A espécie é encontrada em diversas regiões da Amazônia brasileira, mas sua presença se estende também ao Peru, Equador e sudeste da Colômbia, sempre em ambientes de água doce.

Considerado um dos menores cetáceos do mundo, o tucuxi destaca-se pelo seu comportamento ágil e pela habilidade de nadar em grupos, frequentemente com movimentos rápidos e sincronizados. Apesar de suas semelhanças, é importante não confundir o tucuxi com o boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis). Ambos os espécies são reconhecidas por sua inteligência, mas pertencem a grupos diferentes.

A conexão de Thiago com a natureza

A paixão de Thiago pela biologia começou na infância. Ele relembra uma conexão profunda com a natureza desde pequeno, sempre explorando ambientes aquáticos e interagindo com a fauna local. “A biologia não foi uma escolha, mas uma vocação. Sempre estive envolvido com a natureza, seja pescando, observando sapos ou criando formigas. Essa paixão me trouxe até aqui”, conclui o biólogo.

O registro feito por Thiago serve não apenas como um testemunho da beleza da biodiversidade amazônica, mas também como um lembrete da importância da preservação ambiental. Espera-se que avistamentos como o de botos tucuxis sejam cada vez mais comuns, promovendo ainda mais a defesa e proteção dos ecossistemas brasileiros.

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