Brasil, 18 de setembro de 2025
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60 anos do sínodo dos bispos: uma jornada de sinodalidade

O cardeal Grech destaca a evolução do Sínodo dos Bispos e os frutos da Assembleia de 2023-2024 em nota comemorativa.

No contexto do 60º aniversário da instituição do Sínodo dos Bispos, o cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo, fez uma reflexão importante sobre a evolução dessa instituição, ressaltando a necessidade de um compromisso à sinodalidade na Igreja. Em sua nota, Grech enfatizou que as experiências das assembleias de 2023 e 2024 devem guiar as Igrejas locais rumo a uma terceira fase do processo sinodal.

A evolução da sinodalidade na Igreja

Desde sua fundação por São Paulo VI em 1965, a ideia por trás do Sínodo dos Bispos foi a de criar um espaço de diálogo e colaboração entre os bispos e o Papa. Este momento de comemoração é uma oportunidade para reconhecer não apenas os avanços realizados, mas também para reafirmar o desejo de continuidade e inovação no caminho sinodal. O cardeal Grech frisou que a introdução do Sínodo foi uma “intuição profética” de Paulo VI, que buscava promover uma maior união entre os bispos do mundo e o Bispo de Roma.

Grech lembrou que, ao longo dos anos, já foram realizadas 16 Assembleias Gerais Ordinárias e diversas outras assembleias especiais, que desempenharam um papel crucial na renovação da vida eclesial. O impacto dessas assembleias é visível na forma como cada Papa, a partir do Concílio Vaticano II, aceitou as propostas e documentos finais elaborados por elas, que sempre contribuíram para fortalecer a comunhão e a missão da Igreja.

A transformação da prática sinodal

Um dos pontos mais significativos ressaltados pelo cardeal Grech é a transformação na abordagem do Sínodo, promovida especialmente pelo Papa Francisco. O Pontífice buscou, desde o início do seu papado, transformar o Sínodo de uma mera reunião de bispos em um processo participativo, onde a voz de toda a Igreja é ouvida. Isso se reflete na consulta ao Povo de Deus e na inclusão das Conferências Episcopais e Assembleias Continentais nas discussões.

A mudança implica não só em ouvir, mas também em discernir em conjunto. O Papa Francisco, em seus discursos, enfatizou a importância da escuta mútua, onde todos, desde o povo até o Bispo de Roma, têm algo a aprender e contribuir. Essa filosofia foi consagrada na constituição apostólica Episcopalis Communio, que estabeleceu diretrizes claras para o funcionamento do Sínodo e solidificou a ideia de uma Igreja sinodal.

O futuro da sinodalidade

À medida que a Igreja se encaminha para a terceira fase do processo sinodal, Grech expressou um forte desejo de que essa nova etapa represente um avanço na compreensão e prática da sinodalidade. Ele convida as Igrejas locais a experimentarem as propostas que emergiram do Documento final das duas primeiras Assembleias, ressaltando que a sinodalidade deve ser um caminho contínuo de discernimento e partilha.

As expectativas são altas para esta fase, que promete trazer novas perspectivas e aprofundar a comunhão na Igreja. Como o cardeal Grech colocou, “o exercício da sinodalidade é o caminho privilegiado para alcançar a comunhão na Igreja”, refletindo assim a esperança de todos os membros da Igreja de que isso possa se concretizar.

Conclusão: um convite à unidade e ao diálogo

Comemorando 60 anos de história e evolução, o Sínodo dos Bispos se estabelece como uma ferramenta vital para fortalecer a unidade e a missão da Igreja. O cardeal Grech destaca que é essencial para todos os envolvidos, desde os bispos até os fiéis, se comprometerem a fazer a sinodalidade um elemento central da vida eclesial. Ao comemorarmos esses anos de diálogo e discernimento, a expectativa é que novos frutos surjam desta rica experiência sinodal, unindo ainda mais os membros da Igreja na busca por uma comunhão verdadeira e efetiva.

Em tempos em que a Igreja enfrenta desafios e mudanças, o convite à sinodalidade é um chamado à ação e à esperança, reiterando que, juntos, temos muito a aprender e compartilhar.

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