No universo do cinema e da televisão, os figurinos desempenham papel fundamental na construção da personagem e na imersão do público. No entanto, muitas vezes, essas roupas deslumbrantes e elaboradas vêm acompanhadas de dor, desconforto e até lesões graves para quem precisa usá-las durante as gravações. A seguir, conheça 21 exemplos de atrizes famosas que sofreram para interpretar seus papéis com figurinos que mais pareciam tortura.
Corpetes apertados e seus efeitos
Emma Stone, que interpretou Abigail em *A Favorita* em 2018, revelou que usou um corselet pela primeira vez e que suas vísceras se deslocaram após um mês de uso rigoroso. Ela contou à Vogue que, por causa do corset extremamente ajustado, sua forma corporal mudou temporariamente, até por um mês após as gravações. Segundo ela, o traje puxava suas costelas, afetando sua respiração e seu corpo, que não era preparado para isso.
Outra atriz que sofreu foi Simone Ashley, de *Bridgerton*. Ela afirmou ter sentido dores e até torcido o ombro por causa do uso frequente de corpetes durante as filmagens. Ela relatou que, ao comer uma grande porção de salmão em seu primeiro dia de gravação, percebeu que o corpo não suportava o uso do figurino, que a impedia de comer normalmente e modificava sua silhueta.
Figurinos extremos e suas consequências físicas
Daryl Hannah, ao interpretar Madison em *Splash*, usou uma cauda de sereia feita de prótese que ela mesma descreveu como “incrivelmente dolorosa”. Ela contou que o peso e a pressão causavam feridas nos pés, que muitas vezes sangravam, e que ela precisou ficar com a cauda dentro da água durante o almoço para evitar o desconforto.
Em *Angelyne*, Emmy Rossum precisou colar próteses de silicone pesando três quilos em seu corpo, o que lhe causou bolhas. Além disso, o uso de maquiagem pesada e lentes de contato trouxe problemas para suas lágrimas, dificultando a realização do papel.
Rachel Brosnahan, de *The Marvelous Mrs. Maisel*, relatou que os figurinos dos anos 1950 e 1960 causaram uma lesão relacionada ao uso de corpetes, que a deixou incapaz de respirar profundamente e com costelas aparentemente fundidas, devido à constrição prolongada.
Preparações dolorosas para personagens icônicos
Elizabeth Banks, ao interpretar Effie Trinket em *Jogos Vorazes*, ajudou a criar seus figurinos, que eram todos feitos sob medida, mas ela revelou que todos eram uma tortura. Ela destacou que o vestido verde de mangas bufantes era seu favorito por ser confortável, ao contrário de outros que a sufocavam.
Michelle Pfeiffer, ao viver a Gata-Mestra em *Batman Returns*, contou que a fantasia de látex era a mais desconfortável que já usou, com direito a dificuldades para usar o banheiro e objetos que se prendiam a ela, além de uma face que a sufocava.
Jennifer Lawrence sofreu com a tinta corporal de Mystique na franquia *X-Men*, acumulando bolhas, erupções cutâneas e feridas, tendo de receber tratamento médico direto no set. Ela desabafou sobre o fumes tóxicos envolvidos no processo, que hoje ela considera perigoso.
Figurinos históricos e suas dores
Vicky Krieps, ao interpretar a Imperatriz Elisabeth na série *Corsage*, relatou que o uso do corselete clássico de época foi uma experiência de pura dor, com dificuldades para respirar e comer. Ela descreveu o figurino como “uma das maiores besteiras” que já fez, por causa da dor contínua.
Florence Pugh, de *Lady Macbeth*, revelou que o corset de sua personagem dificultava até mesmo a ver, caminhar e usar o banheiro — tudo para reforçar a ideia de prisão e opressão da personagem.
Equipamentos e roupas que poderiam ser de verdade para combater o desconforto
Salma Hayek, ao usar o traje de *Eternos* como Ajak, enfrentou seu medo de claustrofobia. Ela contou ao Variety que, ao vestir o figurino pesado, foi tomada por uma sensação estranha de movimento e liberdade, mesmo com o medo inicial de não conseguir respirar ou se mover.
Louisa Jacobson, de *The Gilded Age*, precisou se adaptar ao uso do corselete, que a deixou com dores nas costelas e dificuldades para dormir devido à pressão constante no corpo. Ela chegou a pedir pausas para aliviar a compressão.
Laços delicados e costumes históricos
Jeri Ryan, de *Star Trek: Voyager*, descreveu seu figurino de *Seven of Nine* como uma peça de engenharia, com um corpo-roupa que a dificultava de se mover e de se sentar confortavelmente. Ela relatou que, inicialmente, evitava ir ao banheiro durante as gravações para não precisar tirar o traje, o que quase a levou a problemas de saúde.
Julie Caitlin Brown, de *Babylon 5*, abandonou o personagem Na’Toth por causa de dores na face causadas pela maquiagem pesada, temendo danos permanentes.
Superfícies perigosas e heranças de trabalho
Danika Gerner, de *Homens de Preto 3*, usou um vestido de 13 quilos de metal que foi feito de chapas de aço com velcro e saltos de seis polegadas. Ela revelou que o peso e a rigidez causaram nervo ciático comprimido, hérnia de disco e dificuldades de locomoção, além de perdas financeiras após a cirurgia e o tratamento.
Esses exemplos evidenciam que, por trás do glamour das produções, muitas atrizes enfrentam verdadeiras torturas físicas. E embora muitas dessas roupas sejam essenciais para a autenticidade de cada personagem, o sofrimento que carregam revela a que ponto o universo do entretenimento pode ser cruel com quem o vivencia.