Brasil, 17 de setembro de 2025
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Temer tenta salvar venda do banco Master após rejeição do BC

Michel Temer busca apoio de opositores e entidades para viabilizar operação do banco Master, rejeitada pelo Banco Central

Após o Banco Central rejeitar a venda do banco Master para o BRB, no início do mês, o ex-presidente Michel Temer foi contratado pelo proprietário da instituição, Daniel Vorcaro, para tentar salvar a operação. A tentativa ocorre em meio a um cenário de crise financeira no banco e ao fracasso de estratégias anteriores.

Rejeição pelo Banco Central e irregularidades descobertas

A venda foi barrada após uma apuração interna do BC identificar irregularidades, como o pagamento de R$ 10 bilhões por uma carteira de créditos sem lastro. O grupo de trabalho apontou problemas que comprometeram a viabilidade da operação, levando à decisão de rejeição oficial. Segundo fontes, o BC analisa que a operação poderia representar riscos ao sistema financeiro brasileiro.

Intervenção política e esforços de Temer

Temer, que é advogado, vem buscando opositores da venda no mercado financeiro, como André Esteves, dono do BTG Pactual. Nos bastidores, Vorcaro atribui a tentativa fracassada o fracasso no negócio a Esteves. Além disso, Temer pretende conversar com Gabriel Galípolo, presidente do BC, para tentar defender a operação.

Diálogo com o mercado e apoio político

Interlocutores do ex-presidente relatam que a aproximação com Vorcaro foi intermediada pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que também possui vínculos com Temer. Após encontros em Brasília com o atual presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e Vorcaro, Temer assinou contrato para atuar na mesa de negociação. No entanto, suas primeiras conversas com Vorcaro não resultaram em avanços palpáveis.

Divisão no Banco Central e riscos à operação

O esforço de Temer enfrenta resistência interna no BC. O diretor de Organização do Sistema Financeiro, Renato Gomes, e o diretor de regulação, Gilneu Vivan, manifestaram posição contra a venda, defendendo a intervenção pública. Já o diretor de Fiscalização, Aílton Aquino, mantém apoio à operação. Gabriel Galípolo tenta mediar o conflito, mas ainda não há solução clara para a crise do banco.

A falta de fôlego financeiro do banco Master e os obstáculos políticos dificultam a viabilização de uma solução definitiva. O impacto de uma intervenção ou mesmo da venda permanece incerto, enquanto o cenário financeiro do banco permanece delicado.

Contexto político e cenário futuro

Além da questão do banco, o ambiente político continua tenso, com negociações sobre o futuro de aliados e aliados de Jair Bolsonaro. O governo federal analisa possíveis indicados ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a tramitação de propostas legislativas relacionadas à blindagem de políticos, como a PEC da Blindagem.

A situação do banco Master ainda será objeto de debates, com o ex-presidente Temer atuando para tentar reverter a rejeição e preservar o negócio.

Para mais informações, leia também: Dono do Master contrata Michel Temer para salvar venda do banco para o BRB.

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