A administração do ex-presidente Donald Trump ordenou a retirada de exposições relacionadas à escravidão nos parques nacionais, segundo reportagem do Washington Post. Entre as imagens a serem removidas, destaca-se a famosa “The Scourged Back”, que mostra um homem esclavizado com cicatrizes de punições nas costas.
Medida e reações ao redor do país
De acordo com documentos publicados, a ação faz parte da ordem executiva intitulada “Restaurando a Verdade e a Sanidade à História Americana”. Especialistas e ativistas criticaram duramente a iniciativa, alegando que ela representa um aumento significativo no controle federal sobre o que pode ser aprendido e ensinado.
Impacto na educação e na memória histórica
Professor da Universidade da Pensilvânia, Jonathan Zimmerman, afirmou ao Washington Post que “isso representa um enorme aumento no poder e controle federais sobre o que aprendemos. Isso é trazido por uma equipe que defende que a educação deve ser competência de estados e municípios”.
Reações nas redes sociais também têm sido de indignação, com muitos usuários criticando a tentativa de apagar ou minimizar a história da escravidão nos Estados Unidos.
Repercussões e contexto atual
Especialistas alertam que a retirada de exposições pode prejudicar a compreensão pública sobre os horrores do passado e os efeitos duradouros da escravidão.
Por outro lado, apoiadores da medida argumentam que ela busca “corrigir a narrativa histórica” e reduzir o enfoque em temas considerados divisivos. No entanto, a discussão permanece acalorada, com muitos defendendo a preservação de toda a história, mesmo as partes mais dolorosas.
Próximos passos e preocupações
Organizações de direitos civis e educadores prometem contestar a decisão judicialmente, buscando garantir que a história não seja omitida ou distorcida nos museus e parques históricos do país. A controvérsia levanta debates importantes sobre autonomia, censura e o papel da educação na construção da memória coletiva.
Enquanto o governo não divulga novas diretrizes, a discussão sobre o peso da história na formação da sociedade americana segue aquecendo o debate nacional e internacional.