Brasil, 17 de setembro de 2025
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PEC da segurança pública ganha novas propostas de aprimoramento

Deputado Mendonça Filho apresenta mudanças que buscam fortalecer a segurança pública e ampliar poderes na investigação policial.

Na última terça-feira, o relator da comissão especial da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, deputado Mendonça Filho (União-PE), apresentou um plano de trabalho que contém uma série de alterações buscando fortalecer os poderes da União na formulação de diretrizes sobre segurança pública. Essa proposta surge em um contexto em que a segurança no Brasil continua a ser um tema central nas discussões políticas e sociais.

Principais mudanças propostas na PEC

Entre as mudanças apresentadas por Mendonça Filho, destaca-se a autorização para que a Polícia Militar realize “investigações preliminares” e a Guarda Civil Municipal possa “registrar ocorrências”. Além disso, a proposta abre a possibilidade de execução de pena a partir da segunda instância e prevê o “confisco antecipado” de bens de integrantes de organizações criminosas.

Essas alterações visam a criação de um ambiente mais rigoroso em relação ao combate ao crime organizado, uma demanda antiga da sociedade brasileira. O relator argumenta que a proposta original da PEC “negligenciou o aperfeiçoamento dos meios de inteligência, investigação, judiciais e de execução penal”, o que poderia impactar negativamente a resposta estatal ao crime.

Implicações legais e direitos constitucionais

Outra proposta controversa incluída no plano de trabalho é a tentativa de endurecer a progressão de regime para líderes de organizações criminosas. Além disso, a PEC sugere permitir o anonimato, mesmo que temporário, de juízes que atuem em processos contra facções. Essa medida, no entanto, gerou preocupações entre especialistas em direitos humanos, uma vez que pode contrabalançar direitos fundamentais previstos pela Constituição, como o direito do réu de conhecer os acusadores e interrogar testemunhas.

Discussão na comissão especial

As novas medidas devem ser discutidas na comissão especial que foi instaurada na semana passada, com a expectativa de que a Câmara conclua a votação do projeto até o final deste ano. Durante a instalação da comissão, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), destacou a importância do projeto como uma iniciativa do governo federal que visa aprimorar as leis de segurança pública. “Queremos constitucionalizar um texto que garanta ao cidadão um país mais seguro, onde as famílias possam ter o livre direito de ir e vir”, afirmou Motta.

Desafios e expectativas frente à PEC

A aprovação da PEC da Segurança Pública trará à tona debates complexos sobre a eficácia das novas medidas e suas implicações para os direitos humanos no Brasil. Especialistas temem que algumas das alterações possam levar a um fortalecimento excessivo das forças de segurança, resultando em abusos e violação de direitos fundamentais.

Por outro lado, muitos brasileiros clamam por maior segurança e a atuação decisiva do estado contra o crime organizado, que tem afetado diversas comunidades ao longo dos anos. O equilíbrio entre a segurança pública e a proteção dos direitos individuais será, sem dúvida, um dos principais desafios que os parlamentares terão que enfrentar durante a tramitação da PEC.

Enquanto isso, a sociedade observa atentamente as discussões na Câmara, aguardando que as decisões tomadas tenham um impacto positivo na segurança e no bem-estar do país. Resta saber se as mudanças propostas pelo deputado Mendonça Filho serão suficientes para atender às demandas da população e se elas realmente representarão um avanço significativo na luta contra a criminalidade.

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