Brasil, 17 de setembro de 2025
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Lula propõe ampliar poderes do Cade para fiscalizar fusões das big techs

Projeto do governo busca fortalecer o monitoramento de aquisições em plataformas digitais e garantir maior concorrência no setor

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ao Congresso um projeto que aumenta o poder do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para fiscalizar fusões e aquisições no mercado digital, com foco nas big techs. A iniciativa visa aprimorar o controle das operações feitas por grandes empresas de tecnologia no Brasil.

Objetivo é fortalecer a defesa da concorrência no meio digital

Segundo o projeto, o Cade terá autonomia para analisar se uma fusão ou aquisição de empresas de plataformas sociais, entrega de produtos ou varejo online deve ou não ser autorizada. A medida busca evitar concentrações excessivas que possam prejudicar a livre competição no setor.

Critérios de análise e criação de nova estrutura no Cade

De acordo com as regras previstas, o Cade focará em operações em que uma das companhias tenha faturamento bruto anual superior a R$ 50 bilhões no exterior ou a R$ 5 bilhões no Brasil. Para gerir esses casos, será criada uma Superintendência de Mercados Digitais, cujo superintendente será indicado pelo presidente da República e aprovado pelo Senado.

Essa nova área ficará responsável pelos processos relacionados às empresas consideradas sistemicamente relevantes no ambiente digital, acompanhando o cumprimento das obrigações e fiscalizando práticas anticoncorrenciais.

Importância da atualização das regras de defesa da concorrência

Segundo o governo, é fundamental modernizar a legislação para refletir a complexidade do mercado digital, caracterizado pela atuação de grupos econômicos em múltiplos serviços, com vários aplicativos sob o controle de uma mesma matriz. Essa situação, na avaliação do Executivo, reduz a competição, inibe inovação e prejudica a produtividade nacional.

Práticas consideradas anticoncorrenciais no setor digital

Entre as práticas apontadas pelo governo como prejudiciais à concorrência estão a falta de transparência em buscadores, cobranças abusivas por lojas de aplicativos a pequenas empresas de tecnologia, venda casada de serviços e direcionamento de meios de pagamento, além de outras ações que limitam a competitividade.

Segundo informações do G1, o projeto ainda precisa passar pelo aval do Congresso antes de ser implementado oficialmente.

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