Brasil, 22 de setembro de 2025
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Karoline Leavitt associa terremoto na Utah à ira de Deus após morte de Charlie Kirk

Assessora do governo compartilha teoria religiosa ligando terremoto a eventos traumáticos e à ira divina na internet

Nesta terça-feira, Karoline Leavitt, assessora de comunicação da Casa Branca, compartilhou uma postagem religiosa no Instagram que relaciona um terremoto de magnitude 4,1 em Utah à morte de Charlie Kirk, uma figura conservadora e ativista político. Ela sugeriu que o sismo foi um sinal da ira de Deus, interpretando o evento à luz de passagens bíblicas.

Interpretação religiosa de Leavitt sobre o terremoto na Utah

A postagem de Leavitt afirma que, na noite em que Charlie Kirk foi assassinado, um terremoto ocorreu na região de Vernal, aproximadamente 240 km de Orem, onde ele foi morto. Segundo ela, a data e hora do sismo — às 5h57, horário local — têm significado espiritual, com referências a trechos bíblicos que representam sofrimento e mudança, como Atos 7:57, que fala sobre o martírio de Estêvão.

A assessora declarou ainda que, de acordo com a Bíblia, “a Terra treme quando Deus está irado” e que o terremoto teria sido uma manifestação dessa ira divina. “Naquela noite, enquanto uma voz foi silenciada, o chão gemeu”, afirmou a postagem, que viralizou entre grupos religiosos conservadores.

Outros eventos violentos associados à espiritualidade

Leavitt, uma católica devota, já havia manifestado crenças em “guerra espiritual” relacionada a tragédias recentes. Ela atribuiu o tiroteio que matou crianças numa igreja de Minneapolis a uma “força demoníaca” e afirmou que a violência é alimentada por forças malignas atuando na sociedade.

Em março, a assessora declarou que acreditava na manifestação de “guerra espiritual” após o então candidato Donald Trump ter sido atingir por disparos durante um comício em 2024. Ela afirma que esses eventos têm propósito divino e representam testes de fé para a nação.

Reações e controvérsia

As declarações de Leavitt geraram debate nas redes sociais, principalmente entre grupos que acreditam na relação entre eventos naturais, tragédias e manifestações espirituais. Especialistas em ciências naturais e alguns líderes religiosos criticaram a associação de fenômenos geológicos a interpretações religiosas literais e controversas.

A Casa Branca ainda não se posicionou oficialmente sobre as declarações de Leavitt, que seguem espalhando suas interpretações nas plataformas digitais. O episódio reacendeu o debate sobre o uso de eventos catastróficos para reforçar discursos religiosos e políticos.

Contexto e repercussões

Leavitt é conhecida por sua forte ligação com grupos conservadores e por expressar opiniões que misturam religião e política, frequentemente destacando sua fé como base de suas afirmações. Sua postura tem recebido tanto apoio quanto críticas públicas, especialmente diante de interpretações de eventos trágicos como manifestações de “justiça divina”.

Especialistas alertam para os perigos de atribuir causas sobrenaturais a fatos científicos, ressaltando a importância de separar a fé das explicações empíricas para fenômenos naturais. Ainda assim, figuras como Leavitt continuam influenciando setores religiosos e conservadores no país.

Ainda não há previsão de novas declarações oficiais e o impacto dessas afirmações na agenda política ou social do Brasil e dos Estados Unidos permanece em discussão.

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