O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado no hospital DF Star, em Brasília, após passar mal na tarde de terça-feira (16/09). Desde agosto, ele está cumprindo prisão domiciliar, e o quadro de saúde envolve sintomas preocupantes, como queda de pressão, crises de soluço, vômitos e fortes dores. A situação de saúde do político, que atraiu muita atenção, tem gerado apreensão entre seus familiares e apoiadores.
Internação e observação médica
De acordo com informações médicas, Jair Bolsonaro permanecerá sob observação e em dieta líquida, enquanto sua pressão arterial é monitorada. Uma equipe médica de São Paulo, que acompanha o ex-presidente há anos, foi convocada para Brasília e realizará novos exames na quarta-feira (17/09). O estado de saúde de Bolsonaro é considerado instável, especialmente devido à dificuldade de alimentação e um diagnóstico anterior de anemia.
Acompanhamento próximo
Durante sua internação, Bolsonaro estava acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e de seguranças da Polícia Penal. A saída do ex-presidente de sua residência foi realizada em um comboio policial, com um helicóptero o acompanhando. Embora esteja em prisão domiciliar, o ex-presidente ainda tem recebido visitas e até acenou para apoiadores em outras ocasiões em que precisou ir ao hospital.
Gravidade da situação de saúde
Na saída do hospital, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) contou que o pai teve um episódio grave, onde chegou a ficar sem respirar por quase dez segundos. “Ele teve um vômito forte e ficou quase dez segundos sem respirar. O jeito que conseguiu respirar foi expelindo o vômito”, revelou o senador, demonstrando a gravidade da situação.
Intervenção e novos exames
O médico responsável, Cláudio Birolini, mencionou que a internação do ex-presidente foi necessária para “avaliação clínica, medidas terapêuticas e exames complementares”. O cardiologista Leandro Echenique, que acompanha Bolsonaro há anos, alertou que ele deve permanecer hospitalizado pelo menos durante a madrugada.
Comunicação com o Supremo Tribunal Federal
A defesa de Jair Bolsonaro enviou um relatório médico ao Supremo Tribunal Federal (STF), explicando a situação que levou à internação. Isso é uma exigência, visto que pessoas que cumprem prisão domiciliar devem comunicar ao STF qualquer emergência de saúde em até 24 horas. A justificativa do relatório destaca os episódios de mal-estar e queda de pressão arterial.
Histórico de saúde
Recentemente, um boletim médico havia apontado que Jair Bolsonaro apresenta anemia devido à deficiência de ferro e contava ainda com imagens residuais de pneumonia. Também durante o último fim de semana, foram retiradas oito lesões de pele e foi realizada a reposição de ferro endovenosa. A recomendação médica é de que ele mantenha o tratamento para hipertensão e outras condições de saúde.
Prisão domiciliar e condenações atuais
Desde o dia 4 de agosto, Bolsonaro está em prisão domiciliar sob ordem do ministro Alexandre de Moraes, em razão do descumprimento de medidas cautelares. Além disso, na última semana, o ex-presidente foi condenado pelo Supreme Tribunal a 27 anos e 3 meses de prisão por envolvimento em uma trama golpista após a derrota eleitoral de 2022.
É importante ressaltar que, além desse processo, Bolsonaro deve comunicar formalmente ao STF qualquer deslocamento ou internação médica, algo que exige um acompanhamento ainda mais próximo por parte da Polícia Penal do DF.
No entanto, a situação de saúde do ex-presidente continua sendo uma preocupação não só para sua família, mas também para seus apoiadores e a classe política em geral. A expectativa é de que os novos exames revelem mais informações sobre seu estado de saúde e que ele possa receber o tratamento necessário.