Na última quarta-feira, o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, apresentou perante o Conselho Deliberativo um novo estudo de viabilidade para a construção de um estádio próprio no Gasômetro, localizado no Rio de Janeiro. Este novo plano, desenvolvido em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e outros especialistas, trouxe ajustes importantes nos prazos e custos previamente estimados.
Determinando novos prazos e custos
Conforme revelado, o Flamengo prevê que a obra possa ser finalizada apenas em um prazo mínimo de 10 anos. Nesse novo levantamento, o custo total do empreendimento é orçado em R$ 2,2 bilhões, valores que incluem o estádio, utilização do terreno, e outras contingências. Este valor é significativamente superior às estimativas anteriores feitas pela gestão anterior, que projetavam o custo do estádio em R$ 1,9 bilhão e a entrega em 2029.
Um ponto crucial que foi abordado no estudo da FGV refere-se à descontaminação do terreno, que possui tubulações de gás da Naturgy. Essa etapa deve levar até dois anos e será seguida pelo remanejamento das instalações gasodutinas, previsto para ocorrer em até quatro anos. Sem essa descontaminação, o Flamengo não conseguirá obter as licenças necessárias para iniciar as obras.
Estratégia de financiamento e viabilidade do projeto
A nova estratégia de financiamento apresentada pela administração do Flamengo foca em gerar recursos internos, permitindo que o clube não se torne uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e garantindo o desempenho esportivo contínuo. Com uma abordagem mais realista e voltada para a inclusão do torcedor, o estádio será otimizado para 72 mil lugares, com uma redução no número de assentos premium, além de um ajuste nos custos previstos que considera uma ampla gama de fatores.
De acordo com o estudo, a FGV revisou os custos, calculando o valor final em R$ 3,1 bilhões, levando em conta as variações inflacionárias e necessidades de contingência. O projeto está agora baseado em uma abordagem que prioriza a experiência do torcedor e uma estrutura financeira viável, que não impactará negativamente o desempenho esportivo do Flamengo.
Próximos passos para a construção do estádio
Segundo o presidente Luiz Eduardo Baptista, os próximos passos envolverão um acompanhamento rigoroso do processo de remanejamento da Naturgy, que é uma etapa crítica antes do início das obras. A demolição e limpeza do terreno será responsabilidade do clube, que também acompanhará a aprovação das Compensações Ambientais (CPACs) e a assinatura de acordos com a AGU e a Prefeitura do Rio.
O acompanhamento do projeto executivo para a construção do novo estádio está entre as prioridades de médio e longo prazo da diretoria do Flamengo, que visa consolidar um espaço adequado para seus torcedores e garantir que a construção ocorra sem obstáculos financeiros.
O futuro do estádio do Flamengo está em um caminho já definido, com esperanças renovadas de que a paixão e o apoio da torcida, junto a uma gestão voltada para a viabilidade e eficiência, possam transformar essa visão em realidade no horizonte de 2036.
O Flamengo, um dos maiores clubes de futebol do país, continua sua trajetória em busca de um espaço que represente a grandiosidade de sua história e o amor de seus torcedores, transformando o sonho de um novo estádio em um projeto concreto e realista.
Fonte: O Globo
