Brasil, 17 de setembro de 2025
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Ex-delegado que prendeu Marcola é assassinado em Praia Grande

Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado, foi assassinado em Praia Grande, 20 anos após prisão de Marcola e frente à força-tarefa contra André do Rap.

Na manhã de segunda-feira (15), o ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, conhecido por ter sido um dos responsáveis pela prisão do traficante Marcola, foi assassinado em Praia Grande, litoral de São Paulo. O crime, que ocorreu em plena luz do dia, deixou a comunidade local em estado de choque e levantou preocupações sobre a segurança pública na região, especialmente considerando que Fontes tinha um histórico de combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das facções mais poderosas e temidas do Brasil.

O legado de Ruy Ferraz Fontes e sua luta contra o PCC

Com 64 anos, Ruy Ferraz Fontes se aposentou da Polícia Civil, mas continuou a servir como Secretário da Administração em Praia Grande. Ele foi uma figura central na luta contra o PCC desde o início dos anos 2000, tendo desempenhado um papel crucial na operação que resultou na prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, em 1999. Fontes não apenas trabalhou incansavelmente para desmantelar as operações do PCC, mas também coordenou em 2020 uma força-tarefa para capturar André do Rap, outro notório traficante da facção que está foragido desde 2020.

Após sua morte, uma das principais hipóteses levantadas pelas autoridades é que Ruy Ferraz Fontes poderia ter sido alvo de retaliação por parte do PCC. A facção já havia ameaçado seu assassinar devido ao seu histórico de combate ao crime organizado. Outra versão considera a possibilidade de uma emboscada relacionada ao seu trabalho como secretário municipal. O aspecto mais alarmante da situação é que o crime foi registrado por câmeras de segurança, mas os assassinos conseguiram fugir.

A busca por André do Rap e a resposta das autoridades

Durante seu tempo como delegado-geral, Ruy incluiu André do Rap na lista dos mais procurados, destacando a determinação em recapturá-lo. O envolvimento de cerca de 600 policiais civis e militares demonstrou a seriedade com que a Polícia Civil de São Paulo tratou essa questão. Apesar dos esforços, André do Rap permanece foragido, evidenciando as dificuldades em lidar com o crime organizado no Brasil.

Com a morte de Ruy, as autoridades de segurança pública se reúnem para discutir não apenas a busca pelo traficante, mas também a proteção desenfreada que os membros da facção oferecem a seus adversários. O promotor Lincoln Gakiya do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), revelou que um dos suspeitos do assassinato de Ruy já havia passado por uma unidade prisional ligada ao PCC. Contudo, até o momento, não há indícios claros de envolvimento direto de Marcola ou André do Rap na morte do ex-delegado.

Reflexões sobre a segurança pública no Brasil

A execução de Ruy Ferraz Fontes acende um alerta sobre a segurança pública em São Paulo e no Brasil. A história dele, marcada pela luta contra o tráfico de drogas e o crime organizado, contrasta com o panorama atual, onde a impunidade e a violência ainda são desafios persistentes. Esse caso nos faz refletir sobre a necessidade de estratégias mais eficazes no combate às facções criminosas e a importância de garantir a segurança de quem se opõe a esses grupos.

Na terça-feira (16), foi reportado que a lista dos mais procurados da Polícia Civil de São Paulo estava indisponível em seu site, o que gerou especulações sobre a transparência e a eficiência dos esforços para combater o crime. Resultado de toda essa situação, a sociedade agora clama por respostas e, principalmente, por justiça no assassinato de Ruy Ferraz Fontes.

A luta contra o PCC e o crime organizado é uma batalha constante e, apesar da perda de Ruy, seu legado de resistência e determinação continua a ressoar nos âmbitos da segurança pública.

O caso de Ruy Ferraz Fontes é apenas mais um capítulo trágico na guerra contra o crime organizado no Brasil, mas sua história de luta é uma fonte de inspiração e motivação para autoridades e cidadãos que ainda acreditam na possibilidade de um futuro mais seguro.

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