Brasil, 17 de setembro de 2025
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Delegado da Polícia Federal é preso em operação contra corrupção

Rodrigo de Melo Teixeira foi detido na operação Rejeito, que investiga fraudes na liberação de autorizações de mineração.

O delegado da Polícia Federal (PF) Rodrigo de Melo Teixeira foi preso nesta quarta-feira (17) durante a operação Rejeito, uma ação que investiga um complexo esquema de corrupção em agências federais que envolve a liberação irregular de autorizações no setor de mineração. Teixeira, que até então fazia parte do Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, tem uma carreira de destaque na PF, com passagens por cargos importantes na gestão do governo Lula.

Histórico de Rodrigo de Melo Teixeira

Teixeira é conhecido por sua proximidade com pessoas de alto escalão no governo, especialmente com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O apelido “Silveirinhas” refere-se a um grupo de confiança do ministro, evidenciando a influência que ele possui dentro da Petrobras, mesmo após a saída do presidente Jean Paul Prates, que ocorreu após forte pressão de Silveira e do chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Até o momento da prisão, Rodrigo de Melo Teixeira ocupava outros cargos significativos, como a diretoria de Administração e Finanças do Serviço Geológico do Brasil e a posição de conselheiro no Conselho Fiscal da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional. Além disso, ele foi superintendente da PF em Minas Gerais entre 2018 e 2019, uma área estratégica para Silveira, e ocupou a presidência da Fundação Estadual do Meio Ambiente durante o governo de Fernando Pimentel (PT).

A operação Rejeito e suas implicações

Nesta operação, a Polícia Federal cumpriu 22 mandados de prisão e 79 mandados de busca e apreensão em diversas localidades de Minas Gerais. Além da prisão de Teixeira, o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mario Seabra, também foi detido. As investigações indicam que cerca de R$ 1,5 bilhão foram bloqueados como parte das ações para coibir a corrupção sistemática no setor.

Acusações e corrupção no setor de mineração

Rodrigo de Melo Teixeira é acusado de ser sócio de uma empresa de mineração que estaria diretamente ligada ao esquema de corrupção em questão. As investigações revelam que os alvos da operação corromperam servidores públicos em várias instâncias, tanto federais quanto estaduais, para facilitar a obtenção de licenças ambientais fraudulentas.

A operação Rejeito é um esforço conjunto da Polícia Federal com a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal, demonstrando a seriedade da situação e a complexidade dos esquemas de corrupção que envolvem o setor ambiental e de mineração no Brasil.

Consequências para a Petrobras e para o governo

A detenção de Teixeira traz à tona questões relacionadas ao controle e à transparência nas agências governamentais. Sua renúncia ao comitê da Petrobras após a prisão ilustra não apenas um golpe para as relações de confiança dentro da empresa, mas também coloca em pauta a necessidade urgente de reformas e supervisão mais rigorosa nas autorizações de licenças e contratos do setor de mineração.

O caso evidencia a importância de um trabalho contínuo das instituições de controle e fiscalização no combate à corrupção, especialmente em setores tão críticos como o de mineração, cuja atividade impacta diretamente o meio ambiente e as comunidades locais. Com a operação Rejeito, espera-se que medidas preventivas sejam reforçadas para garantir que a corrupção não prevaleça em esferas onde o interesse público deve ser prioritário.

Com a operação ainda em andamento, as investigações prometem avançar e mais revelações podem surgir quanto à participação de outros envolvidos no esquema, o que pode impactar não apenas a Petrobras, mas também o governo e o panorama político atual.

A sociedade aguarda ansiosamente por respostas e ações concretas que evitem que a corrupção continue a minar a confiança nas instituições do país.

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