Brasil, 25 de dezembro de 2025
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Copom mantém juros em 15% ao ano e sinaliza cautela diante cenário externo

O Banco Central decidiu nesta quarta-feira (17/9) manter a taxa Selic em 15%, refletindo a incerteza no ambiente internacional e a estratégia de controle da inflação.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (17/9) a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. Esta é a segunda reunião consecutiva com a mesma decisão, após um ciclo de sete altas iniciado em setembro do ano passado.

Decisão do Copom reflete estratégia de cautela

Em anúncio unanime, os membros do colegiado reforçaram que a taxa de juros permanecerá nesse patamar por cerca de 45 dias. Segundo o comunicado, a decisão busca alinhar-se à estratégia de convergência da inflação para a meta, apesar do ambiente externo de incerteza.

“O cenário externo permanece incerto, com tensão geopolítica e volatilidade nos ativos globais, especialmente devido às políticas econômicas nos Estados Unidos”, afirmou o comunicado oficial.

Condicionalidade e próximos passos do BC

Os integrantes do Copom destacaram que a condução da política monetária continuará vigilante, com possibilidade de novos ajustes na taxa de juros futuros. “Não hesitaremos em prosseguir no ciclo de ajustes caso julguemos necessário”, enfatizaram.

O BC também acompanhou o impacto das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil, que reforçam a incerteza no cenário econômico internacional.

“O cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária. Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma continuação na interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”.

Entenda a situação dos juros no Brasil

  • A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação no país.
  • Os membros do Copom decidem se irão aumentar, reduzir ou manter a taxa, com o objetivo de controlar o avanço dos preços.
  • Ao elevar os juros, espera-se a redução do consumo e investimentos, desacelerando a atividade econômica e controlando a inflação.
  • Projeções atuais indicam que o mercado desconsidera a possibilidade de a Selic cair abaixo de dois dígitos durante o governo Lula ou o mandato de Galípolo à frente do BC.
  • A próxima reunião do Copom está agendada para os dias 4 e 5 de novembro.

Expectativas do mercado para a Selic

Analistas do mercado financeiro, consultados pelo relatório Focus, projetam que a Selic deverá encerrar o ano em 15%, sem expectativa de novos aumentos. Para 2026, a previsão é de uma elevação para 12,38%, enquanto nos anos seguintes, as estimativas apontam para 10,50% em 2027 e 10% em 2028.

Essas projeções indicam que a expectativa é de que a taxa de juros permaneça em patamar de dois dígitos até o final do mandato de Lula em 2026 e o término do mandato de Galípolo em 2028.

Calendário de reuniões do Copom

Próximas sessões estão previstas para os dias 4 e 5 de novembro, além das datas tradicionais ao longo de 2025, incluindo os encontros de janeiro, março, maio, junho, julho, setembro, novembro e dezembro.

Para mais detalhes, acesse o fonte original.

Integrantes do Copom e o presidente do BC, Gabriel Galípolo

O cenário atual reforça a estratégia do BC de manter uma política monetária rigorosa, enquanto monitora de perto as condições internacionais que podem influenciar a inflação.

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