Brasil, 17 de setembro de 2025
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Banco Central mantém taxa de juros em 15% ao ano

O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (17) manter a Selic em 15%, o maior patamar em quase 20 anos, diante da inflação e instabilidades externas.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (17) a manutenção da taxa básica de juros da economia, a Selic, em 15% ao ano. A decisão segue a expectativa do mercado financeiro, que previa estabilidade nesse patamar, e ocorre em um cenário de incertezas internacionais e inflação acima da meta no Brasil.

Razões para a decisão de manter a Selic em 15%

De acordo com o comunicado do Copom, o ajuste visa conter a inflação diante das instabilidades no ambiente externo e da inflação ainda elevada no país. “O cenário externo se mantém incerto, especialmente devido à conjuntura e à política econômica nos Estados Unidos”, informou o documento. O Comitê destaca também que a atividade econômica brasileira apresenta certo arrefecimento, mas o mercado de trabalho permanece forte, o que, segundo eles, contribui para um cenário inflacionário.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, explicou que a decisão leva em conta projeções de inflação e o impacto do ambiente externo, ressaltando que as mudanças na taxa de juros levam de seis a 18 meses para impactar a economia de forma plena.

Impacto na economia e expectativas

Com a manutenção da taxa em 15%, o Banco Central reforça que essa política deve perdurar por um “período bastante prolongado”, conforme indicam as próprias declarações do órgão.

O atraso na redução da Selic já impacta as expectativas de crescimento do Brasil. O Ministério da Fazenda revisou sua previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, de 2,5% para 2,3%, destacando que o elevado patamar de juros restringe o crédito e o investimento.

Atuação do Banco Central

Desde o início de 2025, o sistema de metas de inflação prevê uma faixa de 1,5% a 4,5%, considerando o cumprimento da meta de 3%. Como a inflação permaneceu acima da meta por seis meses consecutivos até junho, o Banco Central divulgou uma carta explicativa, atribuindo o quadro a fatores como atividade econômica aquecida, câmbio, custos de energia e anomalias climáticas.

Para definir a taxa de juros, o BC analisa projeções futuras de inflação, não os preços atuais, uma estratégia que visa evitar sobressaltos na política monetária e garantir estabilidade econômica.

Próximas reuniões do Copom

O Comitê costuma se reunir a cada 45 dias para decidir o patamar da Selic. Em 2025, as próximas sessões estão agendadas para 4 e 5 de novembro, e 9 e 10 de dezembro, mantendo o foco na monitorização dos indicadores econômicos e inflacionários.

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