Brasil, 17 de setembro de 2025
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Banco Central dos EUA avalia redução de juros sob pressão de Trump

Decisão sobre cortes na taxa de juros ocorre em meio a dados econômicos positivos e influência política crescente

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, decidiu nesta quarta-feira (17) se reduzirá a taxa de juros, influenciado pelas pressões do presidente Donald Trump. A decisão ocorre após a divulgação de dados econômicos que indicam força no consumo e na produção industrial em agosto, enquanto o dólar abriu em leve alta frente ao real.

Expectativa de cortes na política monetária nos EUA

O Fed anunciou uma pausa na manutenção dos juros, após uma reunião que começou ontem, mas sinalizou a possibilidade de um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião, levando a taxa para um intervalo entre 4% e 4,25%. O movimento visa sustentar o crescimento econômico diante de sinais de recuperação na atividade industrial e vendas no varejo.

Impactos no mercado financeiro internacional

Na Bolsa de Nova York, os principais índices começaram o dia em alta, com investidores animados com a perspectiva de corte de juros. No entanto, após a divulgação de dados mais fortes que o esperado do setor de varejo, o otimismo diminuiu, e os índices fecharam em leves recuos: Dow Jones caiu 0,27%, S&P 500 recuou 0,13% e Nasdaq caiu 0,07%.

Dados econômicos dos EUA reforçam cenário de firmeza

As vendas no varejo cresceram 0,6% em agosto, acima da previsão de 0,2%, enquanto a produção industrial subiu 0,2% após uma queda no mês anterior. Segundo analistas, o consumo segue sólido, mesmo com incertezas políticas e comerciais.

Influência de Trump na política do Fed

Na segunda-feira (15), o Senado americano aprovou a nomeação de Stephen Miran, aliado de Donald Trump, para a diretoria do Federal Reserve, ampliando sua influência na instituição. A confirmação, que ocorreu em meio a uma votação apertada, reforça a interferência política no banco central, algo inédito desde a criação do Fed em 1913.

Batalha judicial e independência do banco central

Também na segunda-feira, o Tribunal de Apelações dos EUA autorizou Lisa Cook, indicada por Trump, a participar normalmente da reunião do Fed, após uma disputa judicial que questiona a autonomia da instituição. A disputa judicial entre o presidente Trump e o banco central reacende debates sobre a relação entre política e política monetária.

Reação dos mercados globais

Em Wall Street, os investidores começaram o dia otimistas, mas a forte divulgação de dados econômicos levou os mercados a fecharem em leve queda. Na Europa, os principais índices também recuaram, refletindo a cautela diante da decisão do Fed e da possibilidade de manutenção ou corte de juros.

Na Ásia, os mercados apresentaram movimento mais tranquilo, na maioria com variações limitadas. Xangai subiu 0,04%, enquanto Tóquio avançou 0,3%, evidenciando a estabilidade relativa na região.

Com informações da agência Reuters, o cenário de maior atenção nos mercados internacionais neste momento é a resposta do Federal Reserve às pressões políticas e econômicas, que pode impactar as taxas de câmbio e o fluxo de investimentos globais.

O dólar encerrou a manhã com leve alta, cotado a R$ 5,301, acumula uma queda de 1,04% na semana e 14,27% no ano. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abriu em forte alta, com avanço de 1,31% na semana, refletindo otimismo com a possível redução de juros nos Estados Unidos e a estabilidade na política monetária no Brasil.

O cenário internacional e nacional mostra que as decisões do Fed e seus efeitos irão continuar a influenciar os mercados locais e globais nos próximos dias.

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