Brasil, 17 de setembro de 2025
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Banco Central deve manter juros em 15% na próxima reunião do Copom

Analistas esperam estabilidade na taxa Selic, que permanece no maior nível em 19 anos, diante de cenário de incerteza e inflação controlada

O Banco Central do Brasil deve manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começou ontem e será encerrada nesta quarta-feira, com anúncio após o fechamento do mercado. A decisão reflete a expectativa do mercado diante do atual cenário econômico.

Expectativa de estabilidade na Selic em meio a cenário de incerteza

Os analistas de mercado indicam que o BC repetirá a manutenção da taxa de juros no atual nível, que é o mais elevado desde 2006, após o aumento de 4,5 pontos percentuais ao longo de nove meses. Essa postura cautelosa ocorre em um ambiente de alta incerteza tanto interna quanto externa, e de desaceleração gradual da atividade econômica.

Por que o BC mantém os juros em 15%

Segundo especialistas, a manutenção da Selic visa avaliar os impactos das altas anteriores e verificar se o nível atual de juros é suficiente para alcançar a meta de inflação de 3%. As expectativas de inflação continuam distantes da meta, e o BC acompanha de perto o mercado de trabalho e os preços dos serviços.

Perspectivas futuras e fatores que influenciam a decisão

O economista-chefe do Banco BMG, Flávio Serrano, afirma que o BC deve continuar sinalizando estabilidade nos juros até o fim de 2025, com possível início de cortes em março de 2026, caso as condições externas e internas apresentem sinais favoráveis. A expectativa de início de redução da taxa Selic é justificada pelo alívio nas expectativas de inflação e pelo cenário internacional, que aponta uma desaceleração do FED.

Cenário externo e impacto na política monetária

A perspectiva de um possível corte de juros pelo banco central americano, o Federal Reserve, cria um ambiente favorável para o Brasil. O comitê mantém cautela diante da forte valorização do câmbio e dos dados de crédito, além da lenta desaceleração da economia doméstica.

Inflação e mercado de trabalho

Apesar da inflação oficial, o IPCA de agosto apresentou queda de 0,11%, com preços de serviços pressionados. As projeções indicam que a inflação deverá ficar em torno de 3,4% ao final do horizonte relevante, acima da meta de 3,0%. Essa relação sugere que a autoridade monetária continuará adotando uma postura de cautela para garantir a convergência da inflação.

Reação do mercado e expectativas

O mercado financeiro espera que o BC mantenha a Selic inalterada, mas há possibilidades de flexibilização no primeiro trimestre de 2026, principalmente diante do cenário internacional favorável. Economistas também avaliam que o BC pode simplificar sua comunicação, tornando mais claro o foco na estabilidade de juros.

Para mais detalhes, veja a reportagem completa no Fonte.

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