Brasil, 17 de setembro de 2025
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Anvisa suspende comercialização de furosemida injetável por contaminação

Suspensão da furosemida se deve à presença de material semelhante a vidro em ampolas do lote 24111911.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou uma decisão crucial nesta quarta-feira, 17 de setembro de 2025, ao suspender a comercialização e o uso de um lote da furosemida injetável, produzido pela Hypofarma. Essa medida foi motivada pela confirmação de que ampolas do medicamento continham material estranho, semelhante a caco de vidro. A informação foi divulgada no Diário Oficial da União e levanta preocupações sobre a segurança e a qualidade dos medicamentos no Brasil.

Identificação do problema e medidas tomadas

O problema foi identificado em 14 de julho de 2025, pela Vigilância Sanitária Municipal de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, que imediatamente emitiu um parecer de constatação. Registros fotográficos foram feitos como parte do processo de validação do desvio de qualidade no lote 24111911, que tem validade até novembro de 2026. Por conta da gravidade do problema, a Anvisa determinou o recolhimento imediato do lote afetado.

O medicamento, que é um diurético amplamente utilizado em hospitais e clínicas, tem como função tratar edemas, insuficiência cardíaca, hipertensão e outras condições que requerem a eliminação de líquidos do corpo. Dessa forma, a suspensão pode impactar de forma significativa os tratamentos médicos, gerando preocupação entre os profissionais de saúde e pacientes que dependem dessa medicação.

Orientações para pacientes e profissionais de saúde

A Anvisa recomenda que todos os pacientes e profissionais de saúde que possuam unidades do lote 24111911 interrompam imediatamente o uso do medicamento. É fundamental que entrem em contato com as farmácias ou distribuidoras para a devolução. Além disso, a agência alerta hospitais e clínicas a fortalecerem o controle interno para evitar a utilização do medicamento recolhido, assegurando assim a segurança dos pacientes.

Regulamentação e responsabilidade sanitária

A suspensão da comercialização do lote específico de furosemida injetável está amparada no artigo 7º da Lei nº 6.360/1976 e no artigo 6º da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 625/2022, que estabelecem a responsabilidade sanitária sobre desvios de qualidade em medicamentos. Essas medidas refletem o compromisso da Anvisa com a proteção da saúde pública e a qualidade dos produtos disponíveis no mercado.

Outros casos de fiscalização pela Anvisa

Além da suspensão da furosemida injetável, a Anvisa também tomou medidas rigorosas contra a empresa Verde Flora Produtos Naturais Ltda. A fabricação, venda, propaganda e uso de todos os medicamentos dessa empresa foram proibidos devido à constatação de irregularidades, como a venda de produtos sem registro na agência. Além disso, uma operação conjunta havia identificado a clandestinidade do funcionamento de uma fábrica de suplementos alimentares sem a devida autorização.

As novas proibições se unem a um histórico de fiscalização rigorosa em relação à Verde Flora, cuja operação já havia sido alvo de interdição em agosto. Esses episódios reforçam a necessidade de um controle mais rigoroso sobre a qualidade e a segurança dos produtos à saúde no Brasil.

O Metrópoles fez uma tentativa de contato com a Hypofarma via email para obter mais informações e uma posição da empresa sobre a situação, mas até o fechamento desta matéria não houve resposta. O espaço fica aberto para futuras declarações e esclarecimentos.

As ações da Anvisa nesta situação ressaltam a importância da vigilância constante sobre o setor farmacêutico e a necessidade de garantir que medicamentos seguros e eficazes estejam sempre disponíveis para os consumidores. Fica evidenciado que a proteção da saúde pública é uma prioridade que deve ser mantida em primeiro plano.

Para mais detalhes sobre o incidente e outras atualizações relacionadas à saúde, acesse o site do Metrópoles.

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