Nos cinemas e na TV, os figurinos desempenham papel fundamental na construção do personagem, transformando atores em ícones de história e fantasia. No entanto, muitas dessas roupas, além de esteticamente impressionantes, foram uma verdadeira tortura para quem precisou usá-las. Desde corsets apertados até fantasias pesadas de metal, várias estrelas relataram os efeitos adversos de figurinos que prejudicaram sua saúde e bem-estar. Reunimos 21 exemplos de atrizes que passaram por momentos de dor e desconforto em nome da arte.
Corpetes e cintos de tirar a respiração
Emma Stone, de “A Favorita”, revelou em entrevistas que seu primeiro contato com um corset foi extremamente doloroso. Ela afirmou que, após usar a peça por um mês, seus órgãos foram deslocados e seu corpo demorou a se recuperar. “Meu corpo mudou por um tempo e eu não conseguia respirar direito”, explicou à Vogue. O impacto foi tanto que ela agora consegue fazer atividades como segurar a respiração por mais tempo, graças à experiência.
De modo semelhante, Simone Ashley, de “Bridgerton”, contou que o uso do corset por longos períodos provocou dores intensas e até uma torção no ombro. “Você não come, seu corpo muda, e tudo dói bastante”, relatou ao Glamour UK. Mesmo precisando de auxílio para se vestir, ela admitiu que a sensação de constrição era intensa.
Figurinos de peso e pressão
Daryl Hannah, que interpretou uma Sereia em “Splash”, usou uma cauda de prosteticismo que foi uma das experiências mais dolorosas. Ela revelou que a peça, que pesava bastante, causava feridas nos pés diariamente, além de exercer pressão em pontos errados do corpo. Os colegas de elenco costumavam alimentá-la na água, pois ela permanecia ali durante os intervalos para evitar o desconforto extremo.
Na mesma linha, Lily-Rose Depp, de “The Idol”, teve que usar um body de contas e resina que causava bolhas e desconforto na pele. Segundo a designer Natasha Newman-Thomas, o figurino tinha um propósito de reforçar a cena, e Depp aguentou firme seus desafios, tornando-se uma das cenas mais impactantes.
Costumes históricos que machucam
Vários figurinos de época foram uma fonte de dor. Florence Pugh, em “Lady Macbeth”, afirmou que o corset que usou para interpretar a personagem dificultava até mesmo colocar e tirar, além de afetar sua postura e alimentação. “Parecia que me imprisonavam”, desabafou, destacando o efeito de prisão que esses trajes tinham sobre elas.
Salma Hayek, de “Eternos”, revelou que, por ser claustrofóbica, ficou aterrorizada ao experimentar seu traje de super-heroína. Ela temeu não conseguir respirar, mas acabou ficando surpreendida com a experiência, percebendo o quanto é importante representar figuras femininas em papéis de força.
Figurinos que deixaram marcas físicas
Jennifer Lawrence, ao interpretar a mutante Mystique, sofreu com queimaduras, bolhas e bolor devido à tinta corporal permanente e tóxica. Ela disse que, com o passar do tempo, passou a se preocupar com os riscos à saúde e a toxicidade dos materiais utilizados.
Outro caso famoso é o da personagem Effie Trinket em “Jogos Vorazes”, interpretada por Elizabeth Banks. Ela descreveu os trajes como uma tortura, especialmente o vestido verde com mangas bufantes, quando revelou seu costume mais confortável, apesar do visual extravagante.
Traços de resistência e coragem
Michelle Pfeiffer, que viveu a Catwoman em “Batman Returns”, contou que sua roupa de látex brilhante era uma das mais desconfortáveis que já vestiu, com dificuldades para usar o banheiro ou evitar que os dedos grudassem na roupa. Mesmo assim, ela destacou a força necessária para encarar tantas horas de figurino.
Jennifer Lawrence também sofreu com o corpo de paint de Mystique, que causou infecções e alergias, uma consequência que a fez repensar sua relação com o processo de caracterização que exigia tóxicos e procedimentos invasivos.
Histórias de dor que desafiam a beleza
Outras atrizes relataram desconfortos semelhantes. Lily James, de “Cinderela”, falou sobre a dificuldade de suportar o vestido azul pesado, que, além de bonito, dificultava movimentos e respirava. A atriz destacou a importância de entender o que as mulheres do passado enfrentavam usando esses figurinos diariamente.
Scarlett Johansson, de “Os Vingadores”, descreveu sua roupa de esqui como uma “owetsuit”, que induziu alucinações por causa do calor extremo durante uma cena na cobertura do prédio.
Lesões e consequências duradouras
Nos bastidores, várias histórias de lesões foram reveladas. Frances Fisher, de “Titanic”, disse que o corset apertava tanto que dificultava a respiração e a postura, enquanto Malin Akerman, de “Watchmen”, afirmou que seus trajes de látex e corset eram tão apertados que parecia estar sendo puxada por uma borracha elástica por longas horas.
Vicky Krieps, da série “Corsage”, considerou um erro usar um corset tão apertado que ela não conseguia comer ou respirar adequadamente, sofrendo dores constantes. Já Jeri Ryan, de “Star Trek”, revelou que o seu traje de “Seven of Nine” era uma peça de engenharia complexa, que dificultava a realização de pausas para urinar ou descansar, devido ao tempo de troca e à restrição do vestuário.
O lado obscuro da moda e do glamour
Apesar do glamour e beleza vistos na tela, as histórias de dor, lesões e desconforto das atrizes mostram o preço que muitas pagam para manter a magia do cinema e da television. Essas experiências reforçam a importância de repensar as práticas de produção para proteger a saúde de quem entra em cena em nome da arte.
Seja na época dos épicos históricos ou nos super-heróis futuristas, uma coisa é certa: nenhuma beleza vale uma dor tão grande. Afinal, por trás da magia, muitas vidas foram marcadas por figurinos que mais pareciam torturas.