O ex-presidente Donald Trump causou alvoroço nesta segunda-feira (22) ao questionar a garantia de direitos básicos da Constituição dos Estados Unidos, poucos dias após a morte do ativista conservador Charlie Kirk. Durante uma entrevista na Casa Branca, Trump afirmou estar “não tão certo” sobre alguns direitos fundamentais, o que gerou forte repercussão e preocupação entre seus adversários políticos.
Comentários polêmicos e acusações contra a esquerda
Trump responsabilizou “a esquerda” pela violência recente, incluindo o ataque mortal a Charlie Kirk, e anunciou que instruiu a Procuradora-Geral Pam Bondi a investigar grupos de esquerda usando leis de extorsão (racketeering). “Se você estiver atacando alguém com discurso de ódio, nós vamos definitivamente te perseguir”, afirmou a ex-funcionária do governo, em declarações que aumentaram a tensão política.
Durante a entrevista, Trump também mencionou a retirada de uma vigília pacifista que ele havia desmontado perto da Casa Branca, afirmando que “ela sumiu na manhã seguinte” ao descobrir sua existência, e acusou o grupo de estar ligado a “uma esquerda radical violenta”.
Repercussão e alerta de líderes democratas
O senador democrata Chris Murphy (D-Conn.) alertou nas redes sociais sobre o clima de instabilidade. “Algo sombrio pode estar por vir. A morte de Charlie Kirk poderia ter unido os americanos contra a violência política. Em vez disso, Trump e seus radicais anti-democráticos parecem prontos para atacar toda dissidência sob o rótulo de ‘discurso de ódio’”, escreveu no X (ex-Twitter).
Especialistas e críticos argumentam que as declarações de Trump representam uma ameaça ao direito de protesto e à liberdade de expressão, sugerindo uma escalada na tentativa de rotular críticas ao governo ou à sua base como atos de ódio.
Preocupações sobre o enfraquecimento da democracia
Segundo analistas, as palavras do ex-presidente indicam uma tendência perigosa de criminalização da dissidência política, o que poderia abrir precedentes autoritários. “Comentários como esses alimentam uma atmosfera de intolerância e ameaça à própria essência do sistema democrático”, disse a professora de Ciência Política na Universidade de Columbia, Laura Almeida.
A administração de Trump ainda não se manifestou oficialmente sobre as críticas às declarações, mas a repercussão reforça a crescente polarização no país na semana que marcou a discussão sobre os limites da liberdade de expressão e os riscos à estabilidade democrátic
Este artigo foi originalmente publicado no HuffPost e traz um alerta importante sobre o momento político nos Estados Unidos, em que discursos de ódio e perseguições a dissidentes permanecem em evidência.