Brasil, 16 de setembro de 2025
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Polícia identifica segundo suspeito do assassinato do ex-delegado Ruy Fontes

A Polícia Civil de São Paulo identificou o segundo suspeito envolvido na execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, assassinado em Praia Grande.

No dia 15 de setembro de 2023, o ex-delegado Ruy Ferraz Fontes foi brutalmente assassinado em Praia Grande, litoral paulista. A Polícia Civil de São Paulo, sob a coordenação do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, já identificou um segundo envolvido no crime, que está sendo tratado como um atentado. Essa morte traz à tona o desafio constante do estado no combate ao crime organizado, especialmente em uma região conhecida pela violência ligada a facções criminosas.

Identificação dos suspeitos

O primeiro suspeito do assassinato de Ruy já estava em um registro preocupante. Segundo informações de Derrite, o indivíduo em questão foi preso anteriormente ao menos quatro vezes, incluindo condenações por tráfico de drogas e roubo. O secretário não divulgou a identidade do suspeito, mas ressaltou que a investigação está avançando rapidamente.

O secretário afirmou: “Todos que participaram desse atentado serão punidos severamente”. Ele destacou que a Polícia Técnico-Científica conseguiu coletar materiais que ajudarão a identificar os criminosos, em especial porque os envolvidos falharam ao tentar incendiá-los após o crime.

Cenário da execução

Ruy Fontes, de 64 anos, foi morto enquanto dirigia em Praia Grande. Câmeras de segurança mostraram os criminosos perseguindo o veículo da vítima, que colidiu com um ônibus antes de ser atingido por mais de 20 tiros. Este tipo de execução, calculada e ousada, remete a um histórico de violência entre facções criminosas, destacando uma crescente onda de ataques direcionados a agentes da lei.

Com uma carreira que se estendeu por mais de 40 anos, Ruy era um nome conhecido no enfrentamento ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele teve um papel fundamental na prisão de líderes da facção, incluindo Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola. O crime organizado no Brasil, especialmente em São Paulo, frequentemente visa aqueles que se opõem à sua atividade, resultando em um clima de medo e insegurança entre os profissionais de segurança pública.

Motivações por trás do crime

As investigações sobre a morte do ex-delegado estão sendo conduzidas em pelo menos duas frentes: uma por vinganças ligadas à sua atuação histórica contra o PCC e outra por sua interferência nas ações administrativas na Prefeitura de Praia Grande. Guilherme Derrite, por sua vez, expressou total confiança nas instituições do estado para resolver rapidamente os crimes e punir os responsáveis.

Na cerimônia de velório de Ruy, o ex-promotor Marcio Christino, que trabalhou ao lado dele no combate ao crime organizado, falou sobre o impacto de sua morte. “Estou em choque. Fui o último a falar com ele”, relatou. Este testemunho evidencia não apenas a dor pela perda de um amigo, mas também a sensação de impotência diante do avanço do crime organizado.

A resposta do governo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou estar estarrecido com a audácia do crime e ordenou uma mobilização total das forças policiais. Ele citou que a execução foi uma ação extremamente planejada e determinou a formação de uma força-tarefa integrada pelas polícias Civil e Militar. A mobilização é uma resposta clara à crescente sensação de insegurança que permeia o estado.

O ex-delegado também tinha um histórico pessoal de ameaças. Em 2010, ele já havia escapado de um plano do PCC para matá-lo, sendo salvo na ocasião por Guilherme Derrite, que na época era tenente da Rota. Essas ameaças reafirmam a necessidade de proteção para aqueles que atuam na linha de frente da segurança pública.

A luta contra o crime organizado em SP

Ruy Ferraz Fontes era uma figura emblemática na luta contra o crime organizado definitivamente um dos maiores desafios enfrentados pelo estado. Sua triste execução serve como um lembrete sombrio da necessidade de um compromisso renovado na luta contra o crime, mantendo a sociedade a salvo e garantindo que os agentes da lei possam trabalhar sem medo de represálias.

O caso de Ruy não é isolado, e a resposta das autoridades e da sociedade civil será crucial para assegurar que a justiça não apenas busque vinganças, mas promova um ambiente seguro e equitativo para todos os cidadãos. O futuro da segurança pública em São Paulo depende de ações rápidas e eficazes contra a impunidade, e a memória de Ruy pode ser o catalisador para essa mudança.

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