Brasil, 16 de setembro de 2025
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Nova declaração da ONU abre caminho para reconhecimento da Palestina

A votação das Nações Unidas exige o desarmamento do Hamas e oferece novas perspectivas sobre o conflito israelo-palestino.

No último dia 12 de setembro, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a “Declaração de Nova Iorque”, que marca um passo significativo em direção ao reconhecimento formal do Estado da Palestina. A votação foi impulsionada pelos recentes anúncios do governo de Israel sobre o estabelecimento de novas colônias na Cisjordânia, que dividiriam ainda mais o território palestino.

O contexto da votação na ONU

A proposta, redigida pela França e pela Arábia Saudita, obteve 142 votos favoráveis, 10 contra e 12 abstenções. Entre os países que se manifestaram contra, estão os Estados Unidos e Israel, além da Argentina e da Hungria. A votação, embora não vinculativa, é um símbolo poderoso que condena os ataques de 7 de outubro contra civis e exige do Hamas o desarmamento e a libertação de todos os reféns detidos em Gaza.

Essa declaração antecede a próxima Assembleia Geral da ONU, agendada para 22 de setembro, onde se espera que o presidente francês Emmanuel Macron reforce a promessa de reconhecimento do Estado palestino. Tal movimentação reflete uma crescente pressão internacional sobre Israel e indica um possível apoio global mais robusto à causa palestina.

A reação de Israel

Em resposta à votação da ONU, o governo de Benjamin Netanyahu não hesitou em criticar a medida, considerando-a “vergonhosa” e “uma aprovação ao Hamas”. O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, declarou que a proposta ignora a realidade do conflito, acusando-a de ser unilateral e de apoiar narrativas que desconsideram a complexidade da situação no terreno.

Essa reação evidencia a tensão que permeia o debate internacional sobre o Protocolo de Oslo e os caminhos para a paz na região, onde a discordância sobre a abordagem a ser adotada é aguda. A perspectiva de reconhecimento da Palestina por outros países também levanta preocupações em relação à política israelense, especialmente considerando a construção contínua de colônias.

Novos desdobramentos: ataque em Doha e o papel do Mossad

Conteúdos novos emergem sobre o papel do Mossad, a agência de inteligência israelense, em relação ao recente ataque a Doha, no Catar. No dia 9 de setembro, o Mossad se opôs à execução de um plano que visava assassinar líderes do Hamas durante uma reunião no país. A operação, desejada pelo governo israelense, envolvia a presença de agentes em campo, uma ação que poderia comprometer as relações de Israel com o Catar, que tem atuado como mediador nas negociações entre Hamas e Israel.

Segundo o Washington Post, essa decisão de recusa pelo diretor do Mossad, David Barnea, reflete um pensamento estratégico que prioriza a manutenção de relações diplomáticas sobre ações agressivas que poderiam potencialmente desestabilizar ainda mais a região.

Continuação da ofensiva israelense em Gaza

Em paralelo a esses desenvolvimentos diplomáticos, os ataques israelenses em Gaza continuam a aumentar em intensidade. No mesmo dia em que a ONU se reuniu, mais de 30 pessoas, incluindo 12 crianças, foram relatadas como vítimas dos bombardeios. A destruição em Gaza é alarmante, com estima-se que mais de 1.800 edifícios tenham sido demolidos ou severamente danificados, refletindo uma abordagem militar que busca pulverizar alvos, quarteirão por quarteirão.

Esta sequência de eventos ressalta o cenário de crise humanitária em Gaza, que possui repercussões diretas no emocional e no psicológico de sua população. A necessidade de uma solução pacífica e duradoura para o conflito é mais urgente do que nunca, à medida que a comunidade internacional se mobiliza para encontrar um caminho viável rumo à paz.

Com a “Declaração de Nova Iorque”, o futuro do reconhecimento palestino parece estar mais próximo, mas os desafios continuam a surgir. A resposta de Israel e o contexto da atuação do Mossad indicam que o caminho é complexo e repleto de nuances, destacando a necessidade de diálogo e negociação para a construção de um acordo duradouro.

Para mais detalhes, acesse o link da matéria original.

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