Brasil, 16 de setembro de 2025
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John Textor busca acordo com Eagle Football pelo Botafogo

A negociação entre John Textor e a Eagle Football movimenta os bastidores do Botafogo, em busca de harmonia e controle do clube.

A disputa entre John Textor e a Eagle Football Group pelo controle do Botafogo vem ganhando novos contornos. Com tentativas judiciais por parte da Eagle, Textor, por sua vez, se movimenta nos bastidores em busca de um acordo. A seguir, entenda os desdobramentos dessa situação que tem agitado o ambiente do clube carioca.

Ações judiciais e acordos nos bastidores

A briga entre a Eagle Football e John Textor não é apenas uma questão de números ou assinaturas, mas envolve um entendimento mais profundo entre os envolvidos. Nos últimos dias, Textor revelou que mantém um diálogo com Christopher Mallon, o diretor independente nomeado pela Eagle. Ele alegou que Mallon, que tem enfrentado pressão e surpresas com a insistência de ações judiciais, é um aliado na busca por um entendimento pacífico.

Um dos principais pontos de atrito foi uma petição apresentada na semana passada, que solicitou o fim dos efeitos da Assembleia Geral da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo, realizada em julho. Essa assembleia permitiu que Textor formasse uma empresa nas Ilhas Cayman, o que foi visto como uma manobra estratégica por parte dele. Apesar de Textor ter suspendido essas ações e buscado focar na harmonia com Mallon, a resistência dos advogados da Eagle no Brasil persiste.

Decisões estratégicas de Textor

John Textor, que alega ter tomado medidas unilaterais, decidiu que não irá mais financiar o Botafogo através da nova empresa offshore. Ele justifica que a criação da Eagle Football Group nas Ilhas Cayman foi uma estratégia para beneficiar todos os acionistas e consolidar interesses no Reino Unido. Essa mudança de diretrizes poderia significar um novo capítulo na relação entre o empresário e o Botafogo.

Ela também se fundamenta na percepção de que a gestão fiscal no Reino Unido é ineficiente, especialmente diante da intenção de realizar um IPO global, um passo essencial para o crescimento e a visibilidade da empresa no mercado financeiro. A esperança de Textor é que, com uma nova abordagem, a disputa judicial se encaminhe para um desfecho favorável no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, superando os obstáculos técnicos associados ao financiamento do Botafogo.

A teia de complexidades financeiras

A situação é ainda mais complexa devido a imbróglios recentes na França, particularmente envolvendo o Lyon, clube que também faz parte da rede multiclubes da Eagle. A mobilização da Direção Nacional de Controle e Gestão sobre questões financeiras no Lyon complicou as colaborações e, naturalmente, trouxe incertezas sobre a continuidade do financiamento ao Botafogo.

Apesar das tensões, Textor se mantém a par da situação, acreditando que a Eagle continuará a apoiar o Botafogo. Contudo, a questão do retorno dos empréstimos feitos ao Lyon paira como uma espada sobre a relação entre os clubes e a empresa. Caso o Lyon não cumpra com suas obrigações, a Eagle poderá ter que lidar com lacunas financeiras registradas em seus balanços. Essa pressão torna a situação de Christopher Mallon, que vive um momento delicado, ainda mais complicada.

Pelo futuro do Botafogo

No contexto do Botafogo, Textor continua a ser o maior acionista da Eagle e mantém o controle sobre a maioria das cadeiras do conselho. Ele também está tentando atrair outros membros da Eagle para integrar o conselho do Botafogo, mas até agora ninguém aceitou o convite. A percepção que emerge das conversas é que a Eagle não demonstra interesse significativo no Brasil, a não ser como uma futura oportunidade de revenda do Botafogo.

A incerteza sobre o futuro do clube, unida às tensões entre as partes envolvidas, mantém a torcida do Botafogo em alerta. Com um cenário que exige negociação e estratégia, o resultado desses esforços pode definir os próximos passos do clube no panorama do futebol brasileiro.

Encontrar um consenso entre John Textor e a Eagle Football pode ser crucial não apenas para a estabilidade do Botafogo, mas para o fortalecimento da imagem da empresa no Brasil. Aguardamos novos desdobramentos dessa situação que permanece em constante evolução nos bastidores do clube.

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