Brasil, 16 de setembro de 2025
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Fadiga da tripulação pode ter contribuído para o acidente da Voepass, aponta auditoria

Relatório do Ministério do Trabalho aponta que escalas reduzidas de descanso podem ter influenciado queda do voo 2283 em Vinhedo

A fadiga da tripulação do voo 2283 da Voepass, que caiu em 9 de agosto do ano passado em Vinhedo, São Paulo, pode ter contribuído para o acidente, segundo uma auditoria do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A análise foi realizada pela equipe de fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP).

Fadiga e condições de trabalho na investigação do acidente

A auditoria revelou que a empresa montou escalas de trabalho que reduziram o tempo de descanso dos tripulantes, possivelmente levando ao cansaço excessivo. O relatório considerou os registros de check-in e checkout em hotéis, além das escalas desde 1º de maio de 2024, buscando entender se a fadiga pode ter afetado a concentração e o tempo de reação dos profissionais envolvidos.

Consequências das irregularidades na rotina da tripulação

De acordo com o relatório, a redução dos períodos de descanso pode ter causado o cansaço extremo dos tripulantes — incluindo comandante, copiloto e duas comissárias — fenômeno que, somado a fatores como formação de gelo nas asas e falhas no sistema de degelo, pode ter contribuído para a queda do ATR-72, que partiu de Cascavel, no Paraná, com destino a São Paulo.

Irregularidades e autuações na gestão da empresa

Entre as irregularidades identificadas, destacam-se o controle insuficiente da jornada de trabalho, o descumprimento da Lei dos Aeronautas quanto aos limites de turnos e descanso, além de violações da cláusula da convenção coletiva de trabalho voltada à prevenção da fadiga. Como consequência, a Voepass recebeu dez autos de infração, o que pode acarretar multas de aproximadamente R$ 730 mil. A companhia também foi notificada por não recolher mais de R$ 1 milhão em FGTS de seus empregados.

Medidas para evitar novos acidentes

O relatório cita estudos científicos que sugerem ações que a empresa pode adotar para reduzir o risco de fadiga, como ajustes nas escalas e monitoramento mais rigoroso das condições de trabalho. Tais medidas visam prevenir futuras tragédias aéreas semelhantes ao acidente com o voo 2283.

Reação da empresa e próximos passos

A Voepass ainda não se pronunciou oficialmente sobre o relatório. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) investiga o caso e prepara um relatório final, que deverá indicar as principais causas do acidente.

Para mais detalhes, acesse o artigo completo no Globo.

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