Brasil, 15 de setembro de 2025
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Trump volta ao Reino Unido para segunda visita de Estado

Presidente americano será o primeiro a receber duas vezes a cerimônia de visita de Estado no Reino Unido, em meio a protestos e tensões diplomáticas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chega ao Reino Unido nesta quarta-feira para uma segunda visita de Estado — um fenômeno sem precedentes na história diplomática do país. A cerimônia, que será realizada no Castelo de Windsor, contará com honras reais completas, incluindo guarda de honra, procissão em carruagem e jantar no Waterloo Table, reforçando a particularidade dessa homenagem.

Uma homenagem única e simbólica

Normalmente, as visitas de chefes de Estado ao Reino Unido, após cerimônias oficiais, incluem encontros mais simples, como chá ou almoço com membros da monarquia, feitos com Barack Obama e George W. Bush. A decisão de receber Trump novamente dessa forma reforça o desejo de fortalecer as relações diplomáticas num momento delicado, apesar das tensões existentes.

O ex-presidente estará acompanhado de sua esposa, Melania Trump, na visita de três dias. Sua última visita de Estado ao Reino Unido ocorreu em 2019, durante seu mandato, quando foi recebido pela então rainha Elizabeth II.

Motivações políticas e diplomáticas

Segundo analistas, a homenagem revela a tentativa do Reino Unido de manter uma ligação mais estreita com Trump, considerado um ator imprevisível no cenário internacional. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, entregou pessoalmente o convite ao presidente americano durante reunião na Casa Branca em fevereiro, demonstrando a importância simbólica do gesto.

“É uma grande honra, e isso acontece em Windsor”, afirmou Trump durante a entrega do convite, elogiando o rei Charles III. A visita, no entanto, também deve atrair protestos expressivos, em uma atmosfera de polarização no país.

Protestos e controvérsias

Já tradicional na recepção a Trump, as manifestações contra sua visita incluem o protesto “Trump Not Welcome”, organizado pela Stop Trump Coalition, que reuniu cerca de 250 mil pessoas em 2018. Em Londres, ações similares estão programadas para ocorrer durante a estadia, incluindo o boicote ao banquete oficial por parte do líder do Partido Liberal Democrata, Ed Davey, que criticou a ausência de preocupação do governo britânico com a crise humanitária em Gaza.

Além das manifestações, o país vive um clima de tensão após o grande ato de protesto anti-migratório realizado no último final de semana, organizado pelo ativista de extrema-direita Tommy Robinson, que mobilizou mais de 110 mil pessoas e resultou em confrontos com a polícia e várias prisões.

Impactos e perspectivas futuras

Embora a visita de Trump represente simbolicamente um reconhecimento especial por parte do Reino Unido, ela também evidencia a complexidade das relações internacionais recentes, marcadas por polarizações e tensões diplomáticas. A expectativa é que esse momento sirva para ajustar a estratégia bilateral diante de desafios globais, mesmo em meio a protestos e controvérsias.

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