Brasil, 15 de setembro de 2025
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Roberto Jefferson permanece em prisão domiciliar para tratamento médico

O ex-deputado seguirá em casa, com monitoramento, enquanto recebe cuidados médicos essenciais.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a manutenção do ex-deputado federal Roberto Jefferson em prisão domiciliar. A decisão foi proferida para assegurar a continuidade de seu tratamento médico, que se faz necessário devido a uma série de complicações de saúde.

Detalhes da decisão do STF

Desde maio deste ano, Jefferson está cumprindo sua pena em casa, sob o monitoramento de uma tornozeleira eletrônica, após ter sido autorizado pelo ministro Moraes. Durante o período em que permanece em prisão domiciliar, ele poderá contar com acompanhamento de profissionais de saúde, além de ter autorização para receber atendimentos nutricional e fisioterápico, desde que o STF seja informado previamente.

Outra autorização concedida pelo ministro foi para que Jefferson tenha acompanhamento em consultas de tratamento psiquiátrico, indicando uma preocupação com seu estado de saúde mental. Ademais, Moraes permitiu a visita quinzenal de um barbeiro, um detalhe que demonstra a intenção de garantir um mínimo de dignidade e cuidado pessoal ao ex-deputado.

Saúde debilitada

Roberto Jefferson passou a seguir este regime após o envio ao STF de um relatório médico de um hospital no Rio de Janeiro, que atestou que ele não possuía condições de retornar ao sistema prisional. O documento alertou sobre as diversas questões de saúde que o ex-parlamentar enfrenta.

Problemas de saúde de Jefferson

  • Crises convulsivas: Dois episódios controlados atualmente com uso de anticonvulsivos.
  • Necrose miocárdica: Elevada, mas controlada através de medicamentos.
  • Infecções no trato urinário: Desde 2023, o diagnóstico foi de prostatite, tratado com antibioterapia.
  • Desnutrição: Embora tenha havido recuperação, ele necessita de tratamento continuado.
  • Episódios de colangite: Recorrentes em 2023 e 2024, evoluíram para sepse abdominal; o tratamento apresentou boa resposta.
  • Extração dentária: Considerada devido a possíveis focos de infecção.
  • Síndrome depressiva grave: Acompanhando sintomas psicóticos; Jefferson recebeu 10 sessões de eletroconvulsoterapia com resposta satisfatória, necessitando de acompanhamento contínuo.

Histórico de prisão e condenações

Roberto Jefferson, que foi presidente de honra do PTB, estava preso desde outubro de 2022, após disparar aproximadamente 50 vezes contra policiais federais que foram à sua residência para cumprir um mandado de prisão emitido por Alexandre de Moraes. A operação resultou na apreensão de armas de fogo e mais de 8 mil munições em sua casa.

Em dezembro de 2022, Jefferson foi condenado a nove anos de prisão por incitação ao crime, tentativa de impedir o exercício dos Poderes, calúnia e homofobia. A decisão foi aprovada em uma sessão virtual do STF, a partir de uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Considerações finais

A situação de Roberto Jefferson destaca não somente a gravidade de suas questões legais e de saúde, mas também levanta debates sobre as condições de tratamento e supervisão de detentos com saúde debilitada no Brasil. A contínua supervisão do STF sobre a situação do ex-parlamentar reflete a preocupação com a garantia dos direitos humanos, mesmo para aqueles que se encontram em conflito com a lei.

Esta decisão do STF poderá ter repercussões significativas não apenas para Jefferson, mas também para o entendimento mais amplo de como o sistema judicial lida com a saúde dos detentos no país.

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