Brasil, 15 de setembro de 2025
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Recuo do índice de atividade econômica reforça cenário de desaceleração no Brasil

Índice de Atividade Econômica cai 0,5% em julho, indicando menor dinamismo e potencial início de corte da taxa de juros.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que serve como prévia mensal do PIB, registrou queda de 0,5% em julho, indicando uma desaceleração da economia brasileira. A divulgação, feita nesta segunda-feira pelo Banco Central, reforça o cenário de arrefecimento no segundo semestre e pode influenciar a decisão sobre a política de juros.

Indicadores apontam para crescimento mais moderado

De acordo com o Banco Central, a desaceleração do IBC-Br ocorre na terceira queda consecutiva. Este movimento, aliado à redução da inflação, medida pelo IPCA na semana passada, sugere que o Banco Central pode considerar a possibilidade de reduzir a taxa Selic ainda neste ano, embora outros fatores indiquem cautela.

Possível redução dos juros e fatores de cautela

Luís Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, avalia que o BC pode deixar para a primeira reunião de 2026 a decisão de diminuir a Selic, buscando maior segurança, sobretudo em um cenário de saída forte de dólares, caso as medidas de compensação à isenção do IR, como a taxação de 10% sobre lucros e dividendos enviados ao exterior, avancem no Congresso.

“A política monetária sempre opera sobre gelo fino”, observa Leal, destacando a necessidade de uma postura prudente diante de possíveis impactos no mercado cambial.

Expectativas e cautela do mercado financeiro

O economista Claudio Considera, integrante do FGV Ibre, concorda que o Banco Central deve manter uma postura cautelosa. Para ele, o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) após a reunião desta quarta-feira provavelmente mostrará um cenário mais favorável, apesar das pressões contínuas do mercado de trabalho e do consumo.

Riscos de uma desaceleração excessiva

Considera destacou a preocupação com o hiato do produto, que permanece positivo há dez trimestres, e com o risco de uma desaceleração excessiva que poderia levar à recessão. “Quando o crescimento acima do potencial se prolonga, alimenta a inflação, mas é preciso cuidado para não envenenar a economia com uma política de juros demasiado restritiva”, alerta.

Perspectivas para o crescimento econômico

Apesar da desaceleração, o especialista do FGV Ibre estima que o Brasil deve crescer cerca de 2,5% neste ano, marcando a terceira alta consecutiva do PIB e a elevação da renda per capita.

Para mais detalhes, acesse o original da reportagem.

tags: economia, política monetária, crescimento econômico, inflação

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